Mercado aquecido

Fusões e aquisições devem crescer 15% em 2010

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4 de fevereiro de 2010, 17h57

O mercado de fusões e aquisições de empresas no Brasil deverá crescer 15% em 2010, segundo estudo da consultoria PricewaterhouseCoopers. De acordo com a previsão apresentada pela empresa, nesta quinta-feira (4/2), durante comitê de fusões e aquisições na Câmara Americana de Comércio, os dados apontam que o país deve retornar ao patamar da pré-crise, registrado em 2007, ou até mesmo superá-lo.

De acordo com o sócio da consultoria, Alexandre Pierantoni, o número de operações em 2009 foi de 630, sendo que em 2007 ultrapassou as 700. Segundo Pierantoni, essas transações perderam com a crise financeira nos Estados Unidos, em setembro de 2008, mas entraram em recuperação a partir do segundo semestre de 2009. “Apesar da crise, 2009 fechou no mesmo nível de 2008 e agora seguimos em ritmo de ascensão. Em janeiro deste ano, foram 63 operações, recorde para o mês em relação aos últimos quatro anos”, acrescentou.

Para o especialista, há diversas explicações para a retomada das fusões e aquisições no Brasil.  Uma delas é a robustez do mercado de consumo doméstico e a expansão da infraestrutura, incluindo investimentos na área de petróleo e gás, além da chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas no país. De acordo com o Pierantoni, as oportunidades de negócios estão espalhadas em diversos setores da economia brasileira, principalmente alimentos, higiene e limpeza, tecnologia da informação (TI), educação, saúde, energia e infraestrutura.

Pierantoni avaliou, ainda, que o fortalecimento dos fundos de private equity — prática financeira de instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores — no país tem sido fundamental para fomentar as transações, e que o amadurecimento do mercado de capitais também tem funcionado como propulsor. “O mercado de capitais, além de ser uma importante fonte de captação de recursos, consiste em uma moeda de troca que são as ações. Isso também é dinheiro”, explicou.

Outro ponto destacado pelo especialista é que em 2010, por conta da crise, as instituições financeiras privadas também passaram a oferecer mais linhas de financiamentos. “Assim como foi essencial durante o período de crise, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuará a fazer grandes liberações com essa finalidade. Em 2009, foram disponibilizados mais de R$ 137 bilhões, um recorde histórico”. Com informações da Assessoria de Imprensa da Amcham.

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