Ditadura chilena

Chile dá liberdade provisória a 57 repressores

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12 de setembro de 2009, 12h30

A Corte de Apelações de Santiago concedeu nesta sexta-feira (11/9) liberdade provisória a 57 dos 131 repressores chilenos processados por participação em três casos de violação dos direitos humanos durante a ditadura do general Augusto Pinochet. Os 131 processados são acusados de serem autores de sequestros qualificados de várias centenas de opositores ao regime Pinochet (1973-1990), ocorridos entre 1974 e 1977.

No episódio conhecido como Caso da Rua Conferência, a Corte deu liberdade provisória a 17 dos processados, enquanto negou esse benefício a sete repressores por considerá-los "um perigo para a sociedade". Os juízes do tribunal também deixaram em liberdade provisória 40 dos repressores envolvidos na chamada Operação Colombo. As informações são do informativo Último Segundo, do portal iG.

Em decisão dividida, a 4ª Sala da Corte de Apelações revogou o benefício da liberdade com pagamento de fiança que tinha sido dado a 15 processados na Operação Colombo, e determinou sua permanência na prisão. A maioria das pessoas envolvidas no processo, o maior da Justiça chilena em relação às violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura, permanece no Batalhão da Polícia Militar em Santiago.

Sob a ditadura de Pinochet, cerca de 3.200 pessoas morreram nas mãos de agentes do Estado e, delas, 1.192 aparecem oficialmente ainda como desaparecidos.

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