Comportamento suspeito

Italiano estava sozinho quando beijou filha

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7 de setembro de 2009, 17h46

O gerente da barraca Croco Beach, Heitor Batista, disse que somente o italiano e a filha de 8 anos estavam na piscina quando o casal de turistas brasileiros acionou os funcionários do hotel, dizendo-se incomodado com o comportamento do pai. O italiano foi preso em flagrante na última terça-feira (1º/9) sob suspeita de ter abusado sexualmente da menina quando estava com ela na piscina.

A declaração de Heitor à Agência Brasil contradiz a mulher do empresário italiano. Ela disse que também estava na piscina com o marido e a filha. Além dela, afirmou a mulher, outro casal de amigos que mora na Itália estava na piscina. “Na piscina só estavam o italiano e a filha dele. O resto do pessoal estava em uma mesa consumindo, tinham almoçado, mas na piscina estava só o italiano e a filha”, disse o gerente à Agência Brasil.

Outro ponto conflitante entre as declarações do gerente e as informações da mãe da menina refere-se à fluência que o italiano e a filha têm da língua portuguesa. A mãe disse que o marido e a filha não falam português. Já o gerente da barraca explicou que eles frequentam o local há bastante tempo e que sempre viu a menina e o pai se comunicando normalmente. “A filha fala bem o português e fala italiano também porque ela nasceu lá. Ele fala português meio misturado com italiano. Mas é perceptível para quem vai atendê-lo. Ele se comunica bem, pelo menos na nossa área, que é a gastronomia”, disse o gerente.

Heitor contou ainda que no dia da prisão o italiano, a esposa e a filha estavam acompanhados de duas pessoas – uma vizinha da família que mora em Goidonia, província de Roma, e o filho dela. O gerente argumentou ainda que a imagem das câmeras de circuito interno da barraca mostra a família saindo do local e também que somente o italiano e a filha estão enrolados em uma toalha, enquanto a mulher e os outros dois acompanhantes estão de roupa. “Eles haviam acabado de sair da piscina. Não daria tempo de a mulher ter se secado”, comentou.

A mãe da menina afirmou ainda que em nenhum momento sua família foi abordada pelos funcionários da barraca, que tem 13 mil metros quadrados. No entanto, de acordo com os funcionários, eles a avisaram sobre a reclamação do casal de turistas brasileiros, quando ela estava em uma lan house localizada dentro da casa. De acordo com os funcionários, a mãe perguntou de quem era a reclamação e foi até eles para discutir. Irritado, o casal resolveu chamar a polícia.

O gerente informou ainda que a menina chorava muito durante a confusão. “Ela chorava e dizia que iriam prender o pai e que a culpa era dela.” Já o pai da menina tentava se justificar dizendo que estava apenas fazendo “um carinho” na filha.

O gerente afirmou que caso fique comprovado o crime de abuso sexual os monitores terão que ser demitidos. “Nossos monitores são treinados para ficar o tempo inteiro de olho na piscina, com o objetivo de não deixar que nenhuma criança se afogue. A Croco Beach teria que repensar a maneira que está preparando os funcionários em relação ao trato com o cliente, aos cuidados especialmente com crianças. Se realmente ficar comprovado que o italiano abusou da menina é uma falha muito grande de nossos funcionários. Pelo que o casal de turistas disse não foram só dois minutos. Segundo depoimento do casal, foi coisa de 30 minutos. Isso é imperdoável. Se for comprovado, nosso atendimento terá que ser repaginado”, disse o gerente.

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