Eleições de classe

Toron deixa chapa de D’Urso na eleição para OAB-SP

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8 de outubro de 2009, 20h36

O criminalista Alberto Zacharias Toron, presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB Nacional, não renovará seu mandato no Conselho Federal. O representante da seccional paulista em Brasília não chegou a um entendimento com o cabeça da chapa, Luiz Flávio Borges D’Urso, atual presidente da entidade em São Paulo.

Na chapa oposicionista de Rui Celso Fragoso também se registrou defecção: o advogado criminalista José Luís de Oliveira Lima, que presidiu a Comissão de Prerrogativas da OAB-SP e a Caasp, também desistiu, depois de desentender-se com o principal apoiador de Rui Celso, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

O fato é que a sucessão em todos os níveis da OAB fará com que, nas próximas semanas, os advogados brasileiros discutam menos a sucessão de Lula e se foi ou não golpe a deposição de Zelaya em Honduras. Eles estão mais interessados em saber quem vão ser os próximos comandantes da OAB, nos estados e em suas cidades. São cerca de 15 mil candidatos concorrendo aos cargos de diretores, conselheiros e dirigentes de subseções — sem contar os que postulam comissões e caixas de assistência.

São Paulo é o maior colégio eleitoral do país. O atual presidente, que concorre ao seu terceiro mandato, Luiz Flavio Borges D’Urso, é o favorito. Três chapas de oposição devem concorrer contra ele, mas seu maior adversário não está nelas. D’Urso tem por desafio convencer o eleitorado a aceitar a tese de que uma segunda reeleição é uma alternativa democrática.

Não há impedimento formal para um terceiro mandato. O Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) não limita o número de vezes que o candidato pode se eleger. No entanto, nas últimas três décadas, a manutenção da mesma pessoa por mais de três anos à frente de seccional paulista não tem sido prática comum. Nos últimos 30 anos, apenas D’Urso, eleito em 2004 e reeleito em 2006, e Antônio Cláudio Mariz, presidente da ordem por dois mandatos (1987/1991), quebraram a tradição.

Embora não haja chapa alguma inscrita até agora, na corrida pela seccional paulista as informações são de que mais dois grupos entram na disputa: o de Raimundo Hermes Barbosa e o de Leandro Pinto. As eleições acontecem em novembro.

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