MP de olho

Hélio Castro Neves pode ser investigado por evasão

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5 de março de 2009, 18h29

Além de responder a processo por sonegação de impostos nos Estados Unidos, o piloto brasileiro de Fórmula Indy, Hélio Castro Neves, já tem uma artilharia armada contra ele também no Brasil. O Ministério Público Federal acompanha o julgamento do piloto em Miami, na Flórida, com o intuito de investigá-lo por evasão de divisas.

Nos Estados Unidos, Castro Neves é acusado de deixar de declarar US$ 550 mil ao fisco americano. E de conspiração para fraudar impostos. Ele pode ser condenado a até 35 anos de prisão.

A investigação no Brasil foi instaurada, em novembro do ano passado, pela procuradora da República Anamara Osório Silva contra Castro Neves e outros suspeitos. Segundo as investigações do fisco americano, Castro Neves teria assinado um contrato de patrocínio com a empresa brasileira Coimex, que trabalha com importação e exportação. O acordo vigorou de 1999 a 2001, no valor de US$ 2 milhões por ano. Porém, ao receber os valores, o piloto devolvia US$ 1,8 milhão à empresa em contas nos Estados Unidos, segundo a investigação.

As transferências teriam acontecido entre uma empresa offshore em nome de Castro Neves no Panamá, a Seven Promotions, e a Coimex. O pai do piloto, Hélio Phydias, e a empresária Katiucia, também fazem parte da sociedade panamenha e são investigados. Os valores devolvidos à patrocinadora teriam ido para a conta bancária de outra offshore, em Nova York, de onde sairiam para contas de negócios dos proprietários da Coimex.

O esquema teria funcionado como uma forma de a Coimex ter mandado dinheiro ao exterior ilegalmente, o que configuraria evasão de divisas, segundo o Ministério Público. O órgão brasileiro auxiliou a investigação americana colhendo depoimentos de testemunhas no Brasil.

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