Efeito econômico

Maturidade é colocada à prova em tempo de crise

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1 de maio de 2009, 17h44

Em mensagem no Dia do Trabalho, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Milton de Moura França, afirma que é em momentos de crise econômica que a maturidade social é colocada à prova. “As crises exigem serenidade e responsabilidade na sua condução”, afirma.

Para o ministro, é preciso buscar meios que atendam tanto o trabalhador quanto a empresa. “Num momento em que se constata que o emprego está ameaçado, é preciso procurar alternativas, ou soluções, que contemplem tanto a necessidade de preservação do meio de subsistência do trabalhador quanto a fonte geradora – a empresa”, diz.

O ministro acredita “na maturidade da classe trabalhadora e na sensibilidade da classe patronal”. Segundo ele, a atuação de todos fará com que se encontre “o melhor caminho de composição de seus legítimos interesses”.

Leia a mensagem

O Dia do Trabalho acontece, este ano, em meio às preocupações com os efeitos da crise econômica internacional, cujos reflexos já são sentidos no Brasil. As crises econômicas, particularmente, afetam diretamente as relações de trabalho, e é em momentos como este que a maturidade social é colocada à prova, pois as crises exigem serenidade e responsabilidade na sua condução.

O trabalho é uma das principais – talvez a principal – fonte de reconhecimento e de participação social entre os homens. Uma organização social justa deve remunerar adequadamente o trabalhador, para dar-lhe condições dignas de sobrevivência, mas também permitir que sua atuação tenha reflexos positivos para a coletividade.

Num momento em que se constata que o emprego está ameaçado, é preciso procurar alternativas, ou soluções, que contemplem tanto a necessidade de preservação do meio de subsistência do trabalhador quanto a fonte geradora – a empresa. É preciso, pois, compatibilizar a lucratividade e a competitividade com a dignidade do trabalhador. E, para isso, os atores sociais devem atuar em conjunto, pois somos todos co-responsáveis tanto pelo sucesso quanto por eventuais fracassos na busca de um modelo que nos ajude a superar momentos difíceis.

O Primeiro de Maio é, assim, um bom momento para manifestar minha confiança na maturidade da classe trabalhadora e na sensibilidade da classe patronal, que, juntas com o Executivo, o Legislativo e todos os demais segmentos da sociedade, encontrarão o melhor caminho de composição de seus legítimos interesses.

Milton de Moura França

Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho

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