Crise internacional

General Motors pede concordata nos Estados Unidos

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1 de junho de 2009, 11h37

A montadora General Motors entrou nesta segunda-feira (1º/6), em Nova York (EUA), com um pedido de concordata. Um pronunciamento oficial do presidente Barack Obama e de um representante da GM é esperado para mais tarde. Trata-se da terceira maior quebra de empresa da história dos Estados Unidos, e a maior excetuando-se instituições financeiras. As informações são do portal UOL.

Fundada há 101 anos, a GM foi a maior vendedora de veículos no mundo entre 1931 e 2008, quando a japonesa Toyota a ultrapassou. Afundada numa crise sem precedentes, a GM começou este ano devendo bilhões de dólares, inclusive ao Tesouro dos EUA, e enfrentando dificuldades para fechar acordos com seus credores. Além da crise financeira internacional, a situação da GM tem origem em procedimentos e estratégias empresariais muito questionados, como insistir na fabricação de picapes e SUVs poluidores.

Como parte do processo de reestruturação, o governo dos EUA vai colocar mais US$ 30,1 bilhões na GM, em troca de 60% do controle da "nova" companhia que emergirá da concordata. O governo do Canadá deterá 12% da empresa, entrando com US$ 9,5 bilhões. O sindicato United Auto Workers (UAW) terá assento na diretoria da companhia. Todos os atuais executivos devem ser trocados por homens de confiança do presidente Barack Obama.

Histórico
No começo da derrocada, no final do ano passado, a General Motors teve de publicar um histórico anúncio admitindo vários erros, fazendo uma autocrítica arrasadora e, finalmente, explicando aos cidadãos dos Estados Unidos porque se via no direito de pedir dinheiro público emprestado para sair do buraco. Agora, vê-se obrigada a apelar à lei norte-americana para proteger-se contra pedidos de falência.

A Chrysler, terceira maior montadora de veículos dos Estados Unidos, pediu concordata no final de abril. Seu processo de recuperação inclui uma aliança com a italiana Fiat, mas nada de semelhante será feito pela GM. Na prática, a GM pulverizou suas marcas. Colocou à venda a marca Hummer, definiu 2010 como o último ano da Pontiac, sucateou a Saturn e, na Europa, passou o controle da Opel à canadense Magna. A crise financeira internacional, apesar dos estragos na GM e na Chrysler, não causou o mesmo dano à Ford. Segunda maior montadora dos EUA, a empresa não chegou a pedir dinheiro ao governo norte-americano.

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