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Justiça Federal discute unificação de sistemas

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30 de janeiro de 2009, 2h31

O Conselho da Justiça Federal já começa a pôr em prática a ideia de unificar os sistemas informatizados dos tribunais das cinco regiões em que a Justiça Federal está dividida no país. Nesta quinta (29/1) e sexta-feiras (30/1), reúnem-se o presidente do CJF e do Superior Tribunal de Justiça, ministro César Asfor Rocha, e representantes dos tribunais regionais federais, para discutir as estratégias de unificação dos sistemas. O cronograma e o mapeamento das rotinas administrativas já foi apresentado.

O objetivo é informatizar os processos administrativos e unificá-los em um sistema, ou fazer com que os sistemas atuais se interliguem. Um portal deve ser criado para sediar os sistemas da Justiça Federal, e um modelo de gestão deve ser criado para otimizar recursos.

Abrindo as discussões desta quinta, o juiz auxiliar da presidência do STJ, Muril Kieling, afirmou que a descentralização da Justiça Federal mantém os sistemas em desarmonia gerencial, sem compartilhamento nem linguagem comum. Segundo ele, o CJF, como órgão central, terá uma visão panorâmica do trabalho dos tribunais. “As características de cada tribunal não podem ser uma desculpa para a falta de união. O sistema único permite continuidade”, disse.

Para começar os trabalhos de coordenação, um comitê deve ser criado, segundo a secretária-geral do CJF, Eva Maria Ferreira Barros. O comitê será formado pelo secretário de Administração Misael Gerra, e pelos assessores Cleide Lima e Leonardo Bicalho da Silva. A proposta teve apoio dos diretores dos cinco TRF.

A diretora-geral do TRF-4, Fádia Zanini, afirmou que o sistema da área de planejamento e gestão no CJF deve funcionar como nas áreas de Recursos Humanos e Orçamento e Finanças, de forma sistemática. Para Gilberto Nunes, do TRF3, os meios convencionais já não mais atendem ao crescimento da demanda por jurisdição, o que torna urgente a implantação de novas soluções unificadas. Já Soraria Sotero, do TRF-5, comemorou o apoio do conselho, já que afirmou ter poucos servidores para realizar o trabalho.

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