Provas suficientes

MPF insiste em ação contra José Dirce por improbidade

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28 de janeiro de 2009, 20h37

O Ministério Público Federal do Distrito Federal apelou ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região para que seja desarquivada a ação em que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu é acusado de ter enviado verbas federais para ajudar na campanha política de seu filho, Zeca Dirceu. A ação foi extinta pela 15ª Vara da Justiça Federal no DF, sem o julgamento do mérito por falta de provas. O MPF alega que há provas suficientes.

De acordo com o MPF, o ex-ministro enviava verbas para a região de Entre Rios (PR), cidade próxima à base política de seu filho Zeca Dirceu, que concorria a prefeitura de Cruzeiro do Oeste. O ex-assessor da Casa Waldomiro Diniz auxiliava as ações, diz o MPF. “O Ministério Público Federal, ao contrário do que sustentado pelo juiz sentenciante, apresentou, juntamente com a inicial, provas robustas dos fatos ali deduzidos”, afirmou a procuradora da República Anna Paula Coutinho.

Entre as provas, estão a agenda da Subchefia de Assuntos Parlamentares da Casa Civil; uma planilha elaborada pela Fundação Nacional de Saúde que indicam emendas parlamentares que tiveram como “padrinho” Zeca Dirceu; e depoimentos de servidores da Casa e prefeitos de municípios beneficiados.

A acusação alega que, com a ajuda do pai e de Waldomiro Diniz, Zeca intermediou a liberação de recursos federais para os municípios administrados nas redondezas de Cruzeiro do Oeste. Ele viabilizou recursos públicos para aqueles municípios em ministérios e órgãos federais.  Como troca, recebia o apoio político para vencer a eleição, diz o MPF.

Na apelação, o Ministério público Federal pede a condenação dos envolvidos a perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público.

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