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Advogados da Vivo não defendem acusado de espionagem

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28 de janeiro de 2009, 17h03

Diferentemente do que publicou este site na notícia Calcanhar de Aquiles — Comércio de grampos ilegais é um crime em expansão (clique aqui para ler), os advogados da empresa de telefonia Vivo não defendem Flávio Jacinto, funcionário acusado de utilizar de seu cargo de gerência para permitir que fossem feitas escutas telefônicas ilegais. O esquema foi descoberto na operação batizada de Spy 2, da Polícia Civil de São Paulo.

A Vivo informa que apoiou os empregados da empresa apenas no início das investigações, quando não se sabia do que se tratava. Hoje, o escritório do advogado José Carlos Dias, que representa a operadora, não defende nenhum empregado ou ex-empregado da empresa.

A ConJur havia publicado que Flávio Jacinto, responsável pela área de interceptações telefônicas da Vivo é acusado pela Polícia de ter se utilizado do cargo para fazer escutas ilegais. A informação que a ConJur tinha era a de que depois de descoberto o esquema, a empresa de telefonia não o afastou do cargo. Ao contrário, chamou seus advogados para defendê-lo.

A Operação Spy 2 prendeu 20 acusados de espionagem no dia 7 de janeiro em São Paulo. A operação já resultou em 16 pessoas denunciadas. Entre elas, estão policiais, detetives particulares, um funcionário de alto escalão da Vivo e empregados de bancos.

A Spy 2 é resultado da primeira fase da operação que começou em 2004, quando o Jornal da Tarde publicou uma reportagem sobre detetives particulares que faziam grampo ilegal. A partir da notícia, a equipe chefiada por Fontes passou a investigar os detetives. Quando deflagrou a Operação Spy, em 2005, a Polícia Civil descobriu em Bauru, cidade do interior paulista, uma van com um laboratório de espionagem completo e sofisticado.

O material pertencia à família de Eloy de Lacerda Ferreira, conhecido detetive particular envolvido em espionagens na disputa pelo controle da Brasil Telecom entre a Telecom Italia, fundos de pensão de estatais e CitiCorp de um lado, e o banco Opportunity de Daniel Dantas, do outro. Ele foi denunciado, junto com outras 20 pessoas, em julho do ano passado por grampear telefones ilegalmente e quebrar sigilo fiscal e bancário. Somadas as duas fases da operação, mais de 40 detetives particulares foram pegos.

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