Corte para crescer

BC fixa taxa básica de juros em 12,75%

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21 de janeiro de 2009, 19h20

O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 12,75% ao ano. A medida atende às reivindicações de empresários e de trabalhadores. "Avaliando as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,75 p.p. Com isso, o Comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta para a inflação", diz a nota oficial divulgada logo após a reunião. As informações são da Agência Brasil.

Foi o primeiro corte na taxa de juros desde setembro de 2007. “A redução da Selic dá um alento para a economia e mostra que o Banco Central está agindo”, disse Carlos Roberto de Castro, ex-presidente no Conselho Federal de Economia. CAstro, que acredita que o corte poderia ter chegado a 1,25 ponto percentual, afirma que a decisão afetará a disponibilidade de crédito no país. “A queda não vai causar uma redução imediata dos juros bancários, mas já dá mais confiança para que bancos voltem a emprestar”, disse Castro.

O professor da Faculdade de Administração e Economia da Universidade de São Paulo, Heron do Carmo, também acredita nos efeitos positivos da queda da Selic sobre a confiança do mercado. “Os juros dos empréstimos para empresas tendem a cair num longo prazo, enquanto o governo  passa a gastar menos com os juros da dívida pública”. Heron do Carmo afirmou ainda que espera novas queda até o final do ano. Segundo ele, a Selic deve encerrar 2009 em, pelo menos, 9,75% ao ano.

Agência Brasil
Evolução dos Juros - por Agência Brasil

Política monetária

A taxa básica de juros é o prinicipal instrumento de política monetária do BC para controlar a inflação. Juros baixos sinfigicam crédito fácil o que estimula o consumo e pressiona os preços. Com juros altos o consumo cai, puxando para baixo os preços. O custo e a queda dos investimentos, desaceleração da economia a perda de emprego.

A taxa Selic – chamada assim porque remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia – em baixa também reduz a atratividade de aplicações em papéis do Tesouro Nacional e sobra um pouco de dinheiro para investimentos que deem melhor retorno que os juros oficiais.

[Arte: Agência Brasil]

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