Rota das armas

PF mapeia as 17 cidades do contrabando de armas ilegais

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6 de janeiro de 2009, 16h34

Estudo feito pela Polícia Federal mostra que a entrada ilegal de armas no país é feita através de 17 cidades de fronteira. A informação é da Agência Brasil

Oito dessas cidades estão na fornteira com o Paraguai. Para o chefe da Divisão de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas da Polícia Federal, Vantuil Cordeiro, o fornecimento paraguaio é um problema histórico, pois acontece há anos, e é usado como rota por contrabandistas.

De acordo com os dados, outras cinco portas do tráfico de armas estão na fronteira com a Bolívia: Corumbá (MS), Cáceres (MT), Guajará-Mirim (RO), Brasiléia e Plácido de Castro (AC). No sul os pontos de passagem são três cidades gaúchas nas fronteiras com Uruguai e Argentina. No extremo norte, a cidade amazonense de Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, é apontada como trajeto usado por traficantes de armas.

Além das 17 cidades froteiriças, os portos de Santos (SP), Sepetiba (RJ) e Paranaguá (PR) também são apontados como locais vulneráveis ao tráfico de armas.

Cordeiro explica que o maior desafio da PF é a grande extensão da fronteira terrestre brasileira, com mais 16.800 quilômetros. “O ingresso de armas não ocorre necessariamente por estradas pavimentadas. Elas podem ingressar em território nacional também por pequenas estradas ou vicinais”.

Segundo ele, a Polícia Federal está investindo no trabalho de inteligência e em ações conjuntas com os países vizinhos, como o Paraguai e a Bolívia, para evitar a entrada de armas no Brasil.

“Nosso caminho é trabalhar junto à população, para que ela passe informação à polícia. E trabalhar com inteligência, buscando identificar esses grupos criminosos e as pessoas que se dedicam a isso, para diminuir o ingresso de armas por esse caminho.”

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