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PF tenta desarticular quadrilha de traficantes

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6 de fevereiro de 2009, 15h16

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (6/2), uma operação para tentar combater a lavagem de dinheiro e o tráfico internacional de entorpecentes. Com a operação batizada como Aquário, a PF tenta desarticular uma quadrilha de traficantes colombianos “com fortes indícios de ligação com o cartel de Juan Carlos Ramirez Abadía”. As principais acusações são de: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e sonegação fiscal. As penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão

Abadía é o suposto chefe do cartel da droga do Valle del Norte, na Colômbia. Quando foi preso em agosto de 2007, em São Paulo, o traficante guardava US$ 17 milhões em uma caminhonete. O carro e o dinheiro desapareceram. Ao ser preso pela Polícia Federal brasileira, declarou ter trazido da Colômbia US$ 9 milhões. Ele foi extraditado para os Estados Unidos. No Brasil, foi condenado a 30 anos de reclusão e ao pagamento de R$ 4,3 milhões, valor que representa 738 dias-multa. Ele foi considerado culpado por formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos

Nesta sexta-feira, na busca de pessoas supostamente ligadas a Abadía, foram cumpridos 8 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Roraima.
De acordo com a PF, a operação se justifica porque “a quadrilha estava se estabelecendo no país com o objetivo de lavar o dinheiro do narcotráfico através da compra de bens, tais como veículos, além de montar empresas de fachada para o processo de ocultação dos recursos. Os criminosos também investiam na compra de aeronaves para o transporte de drogas e dinheiro entre países da América do Sul e África, Europa, América Central, México e Estados Unidos”.

A Polícia Federal informa também que “o principal integrante da quadrilha também é investigado nos Estados Unidos e tem mandado de prisão em aberto naquele país pelos crimes de conspiração para importar cocaína, conspiração com intenção de distribuição de substância controlada, posse de substância controlada com intenção de distribuição, importação de substância controlada e conspiração para lavagem de dinheiro”.
Além dos bens apreendidos, a Polícia Federal também diz que identificou “a existência de possíveis contas no exterior abastecidas com recursos de origem criminosa, já que documentos obtidos apontam para a existência de aproximadamente US$ 500 milhões nessas contas”.

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