Nélio Machado deixa defesa de Dantas na Satiagraha
6 de fevereiro de 2009, 11h35
A assessoria de imprensa do Opportunity informou que a decisão de se afastar temporariamente do caso foi de Nélio Machado, mas que ele continua no banco. Segundo a Folha de S.Paulo, o motivo foi o monitoramento feito pelo delegado Protógenes Queiroz e companhia. Em dois pen drives do delegado, foram encontrados fotos e vídeos do advogado.
A Polícia Federal está convencida de que Protógenes espionou ilegalmente Machado durante largo período, antes mesmo da deflagração da operação, em julho. A PF também suspeita que Protógenes interceptou uma conversa entre Nélio Machado e uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS).
Em outubro, o advogado chegou a pedir à Procuradoria-Geral da República que apurasse indícios de investigação ilegal a seu respeito. Nélio Machado também foi acusado de encontrar assessores do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Especula-se que os honorários recebidos por Nélio Machado só por este caso ultrapasse os R$ 26 milhões. O advogado deve continuar a trabalhar como conselheiro de Dantas.
Andrei Zenkner Schmidt, de 38 anos, atuava desde novembro como consultor da defesa de Dantas. Ele disse que sua atuação será maior porque o caso é "muito amplo" e que haverá distribuição de atribuições entre ele e Machado. Sobre a condução da defesa, Schmidt disse que continuará discutindo a nulidade da investigação.
[Foto: Agência Brasil]
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