Prisões políticas

ONU irá analisar direitos humanos em Cuba

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4 de fevereiro de 2009, 6h56

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas deve analisar a situação dos direitos humanos em Cuba, na próxima quinta-feira (5/2), em Genebra. A estimativa é que haja 205 presos políticos na ilha, segundo relatório da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDRN), divulgado na segunda-feira (2/2). Desses, 23 são jornalistas.

O relatório da CCDRN mostra que, desde 2006, o número de presos políticos caiu apenas de 234 para 209. No ano passado, segundo a entidade, 54 detentos cometeram suicídio. O relatório estima ainda que foram feitas mil prisões temporárias no período.

Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, eles estão presos por “pensar diferente do governo, que não tolerar a existência de imprensa independente. A organização espera a mediação de outros países na América Latina e Espanha”.

A ONG afirma que, quase um ano depois de assumir o cargo, em 24 de fevereiro de 2008, o ditador Raúl Castro emitiu poucos gestos de abertura. Para a entidade, o sistema político cubano está abaixo das expectativas da sociedade civil e da comunidade internacional. Os Repórteres Sem Fronteira afirmam que a visita de um relator da ONU sobre tortura não deve ser usado pelo país para aliviar seus compromissos por ações concretas.

Dos jornalistas presos, os RSF destacam os casos de Fabio Prieto Llorente, Pablo Pacheco Avila e Normando Hernández González. Este chegou a receber proposta de refúgio da Costa Rica devido ao seu estado de saúde.

Dos 23 jornalistas presos, 19 foram detidos em 2003. As condenações variam de 14 a 27 anos de prisão sob acusação se serem "mercenários remunerados dos Estados Unidos”.

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