Preço do sofrimento

Estudante da Uniban quer R$ 1 milhão por dano

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11 de dezembro de 2009, 20h06

A estudante de turismo Geisy Arruda, hostilizada por alunos na Universidade Bandeirantes (Uniban), onde estuda, entrou com um processo contra a entidade. Os advogados pedem que a universidade seja condenada a pagar R$ 1 milhão por danos morais para Geisy. As informações são do Estadão.

"O valor tem caráter pedagógico. Se pedíssemos R$ 20 ou 30 mil à Uniban, esse dinheiro nem faria ‘cócegas no bolso’ da instituição, que não aprenderia com esse processo deplorável", disse o advogado da aluna, Nehemias Domingos de Melo. O processo foi protocolado na 9ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Segundo o advogado, a aluna não pôde voltar à aula até o momento, por "falta de segurança e interesse da instituição", e teve negado o abono das faltas. "Se a universidade não abonar as faltas, como já negou em requerimento feito por mim, ela provavelmente vai perder o ano letivo. Tive de entrar com uma medida de urgência, pedindo ao juiz Rodrigo Borga Campos, que autorize que ela faça as provas, em caráter especial, em janeiro, além de conceder o abono das faltas."

Na próxima segunda-feira (14/12), os seguranças da Uniban serão ouvidos na 2ª Delegacia de Proteção à Mulher de São Bernardo. No dia 27 de novembro, em comunicado, os advogados da estudante disseram que um segurança da universidade repreendeu a aluna quando já estava formado um tumulto por causa do vestido que ela usou para ir à faculdade. "Um segurança bateu boca com a Geisy na sala de aula e ficou dando lição de moral. Assim, ele acirrou ainda mais o ânimo dos estudantes, ao invés de apaziguar", afirma Nehemias.

No dia 22 de outubro, a estudante foi hostilizada pelos colegas dentro da universidade em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista. O motivo seria o uso um vestido curto para ir à aula. No dia 5 de novembro, a Uniban divulgou a expulsão da aluna em comunicado em jornais de grande circulação de São Paulo. Os advogados disseram que a aluna ficou sabendo que estava expulsa pelos jornais. No dia 7, a universidade voltou atrás e revogou a expulsão.

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