Operação Satiagraha

Protógenes deve depor sobre ligação com Demarco

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25 de agosto de 2009, 16h37

O responsável pela Operação Satiagraha, delegado Protógenes Queiroz, vai ter de ser localizado. A Procuradoria da República requereu a localização porque quer que ele explique qual é a relacionamento que tem com o empresário Luiz Roberto Demarco, inimigo do banqueiro Daniel Dantas. O delegado deve depor no inquérito policial que investiga essa ligação.

A quebra dos sigilos telefônicos de Protógenes e Demarco, de janeiro de 2007 a agosto de 2008, foi pedida pela Procuradoria. O Ministério Público quer que a investigação seja "direcionada, por ora, exclusivamente para apurar as ligações existentes entre Protógenes e a Nexxy", que pertence a Demarco. Ele trava com o banqueiro disputas comerciais. O depoimento de Demarco também foi solicitado pela Procuradoria. 

Recentemente, a Justiça Federal paulista chegou à conclusão de que Protógenes  poderia ter contado com a ajuda de Demarco na cruzada para tirar de circulação o banqueiro. O seu nome surgiu quando se foi verificar com quem Protógenes trocou telefonemas durante os preparativos da Operação Satiagraha.

Demarco tornou-se conhecido como idealizador das “lojinhas virtuais” do PT, um esquema de arrecadação partidária à prova de auditorias e que alavancou a vitória de Lula em 2002. Mas seu talento vai além disso. Na disputa com o bilionário Daniel Dantas, ele fez funcionar em seu favor as engrenagens do Ministério Público, da Câmara dos Deputados, do PT, de setores do Palácio do Planalto e da imprensa.

A descoberta de que os telefones de Demarco e Protógenes são íntimos, junto com os indícios de que o empresário usava também o telefone da empresa do blogueiro Paulo Henrique Amorim para sua comunicação com o delegado, associa-se a outro registro peculiar. Já em 2004, quando o delegado que perseguia Dantas era outro, na operação apelidada “Chacal”, o empresário agia com desenvoltura.

Ele deu conselhos ao delegado Elzio Vicente da Silva sobre como conduzir a investigação e recomendou os crimes para enquadrar Dantas como “formação de quadrilha, concorrência desleal, ameaça, tentativa de sequestro, corrupção ativa e passiva, difamação, injúria, calúnia, etc.”. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Clique aqui para ler mais sobre a ligação de Protógenes e Demarco na ConJur.

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