Dinheiro da fé

Justiça decreta sigilo em ação contra Edir Macedo

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21 de agosto de 2009, 21h01

O juiz Glaucio Roberto Brittes de Araujo, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, determinou segredo de Justiça na Ação Penal contra Edir Macedo, líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, e outras nove pessoas por acusação de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As informações são do portal G1. 

O processo foi aberto em 10 de agosto. Segundo a denúncia do Ministério Público estadual de São Paulo, todos desviaram dinheiro de doações de fiéis da Igreja Universal para fins pessoais e comerciais.

Doações não são ilegais, mas, para o MP, o grupo se beneficiava da imunidade tributária da igreja, que não paga impostos, para investir o dinheiro em outras atividades. O G1 informa que, com a decretação do segredo de Justiça, apenas os advogados dos réus terão acesso aos autos.  

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo não informou quando o sigilo foi decretado. Na quarta-feira (19/8), último andamento processual a que a reportagem teve acesso, o juiz havia mandado notificar cinco dos acusados no processo. Após o recebimento do ofício, eles terão dez dias para apresentar defesa prévia por escrito.

Os mandados de notificação haviam sido expedidos para Alba Maria da Costa, Edilson da Conceição Gonzales, João Luis Dutra Leite, Maurício Albuquerque e Silva e Veríssimo de Jesus. O TJ havia informado que Edir Macedo e os outros quatro réus seriam notificados nos próximos dias.

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