Reprodução assistida

Médico acusado de abuso sexual é detido em SP

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17 de agosto de 2009, 18h42

A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (17/8), o médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução assistida, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A informação é do portal G1.

A prisão foi decretada pelo juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal da capital paulista. De acordo com o TJ paulista, a denúncia oferecida pelo Ministério Público foi recebida pelo juiz, que instaurou processo criminal para análise das acusações contra Abdelmassih.

A prisão ocorreu por volta das 15h30 na clínica mantida pelo profissional na Avenida Brasil, na Zona Sul de São Paulo. Ele foi levado para a 1ª Delegacia Seccional, na Rua Aurora, no Centro. O médico foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor contra suas pacientes. 

O advogado José Luis Oliveira Lima, que defende Abdelmassih, confirmou a prisão e disse que vai conceder coletiva à imprensa no fim da tarde na Delegacia onde o cliente está detido. Ele não quis adiantar comentários sobre a prisão.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu 51 processos ético-profissionais contra o médico. De acordo com a assessoria de imprensa do Cremesp, a abertura dos processos foi decidida na sexta-feira (7/8), em reunião plenária do Conselho.

Os processos, todos individuais, estão relacionados a cada uma das vítimas que apresentaram denúncia ao Cremesp. Até terça-feira (11/8), o Conselho informou que não tinha informações sobre se o médico foi notificado de cada um dos processos.

Eles foram originados de sindicâncias abertas conforme as pacientes que relataram ter sofrido abusos procuraram o Conselho. As vítimas foram encaminhadas pelo Ministério Público durante as investigações do caso. O advogado José Luis Oliveira Lima informou, semana passada, que a transformação das sindicâncias em processos é um movimento normal e que ele e seu cliente estão tranquilos

Histórico
As investigações começaram a ser feitas no início do ano passado, quando ex-pacientes procuraram o Gaeco, um grupo especial do Ministério Público. A maior parte das pacientes tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários estados do país. O relato mais antigo é de 1994 e há outros de 2005, 2006 e 2007. Algumas chegaram a procurar a Polícia na época, mas a maioria só se manifestou após ver os relatos na imprensa.

De acordo com a Promotoria, os relatos das pacientes são muito parecidos quanto à forma de abordagem no consultório. Os supostos ataques ocorreriam quando as pacientes estavam voltando da sedação ou até mesmo sem estarem sedadas e em momentos quando não havia outra pessoa na sala.

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