Dia do Advogado

No lugar de calote, estudantes de Direito doam sangue

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11 de agosto de 2009, 19h00

Aos poucos, o dia 11 de agosto vai deixando de ser motivo de preocupação para donos de bares e restaurantes no Rio de Janeiro. Também conhecido como Dia do Pendura — em referência aos calotes de estudantes e estagiários de Direito nesses estabelecimentos comerciais —, o Dia do Advogado, comemorado nesta terça-feira (11/8), foi uma oportunidade para essas pessoas doarem sangue, segundo a Agência Brasil.

Graças à iniciativa de advogados, estudantes e estagiários de Direito, o Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), órgão da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, conseguiu repor, provisoriamente, os estoques da instituição, que nesta época do ano costumam ficar muito abaixo da média.

Para o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Lauro Schuch, que coordenou a atividade e foi um dos doadores, a iniciativa inédita busca acabar com a imagem negativa deixada pelo Dia do Pendura.“Queremos enfatizar para a sociedade que a carreira de advogado está ligada à ética e à solidariedade. Iremos fazer esse tipo de ação todos os anos e incentivamos outras instituições a promover atividades similares, pois o que estamos fazendo aqui é hoje é salvar vidas.” 

Desde o mês passado, o Hemorio está em alerta máximo. O instituto, que abastece com sangue e derivados cerca de 200 unidades conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS), continua fazendo um apelo para que a população doe sangue. Nesta época, as coletas não ultrapassavam 200 bolsas ao dia, enquanto a média no ano de doações diárias é de 350. A situação foi agravada por causa do aumento de casos de influenza A (H1N1), gripe suína, que fez o número de doadores cair em mais de 50%.

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