Só amostragem

Presidente do TJ-MT omite verbas de parentes ao CNJ

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10 de agosto de 2009, 16h34

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mariano Travassos, em consulta feita junto ao Conselho Nacional de Justiça, omitiu nomes de parentes em lista que apresentava servidores "beneficiados com pagamentos de diferenças salariais" na gestão do desembargador Paulo Lessa, de 2007 a 2009. A informação é do site Midia News. O presidente do TJ-MT não se manifestou sobre o assunto.

Mariano Travassos não apresentou ao CNJ, no Ofício 1.480/2009, datado em 23 de junho de 2009, o nome de três parentes. Na lista de servidores que receberam recursos referentes a "diferença de incorporação", autorizada pelo ex-presidente desembargador Paulo Lessa, em 23 de dezembro de 2008, estão dois filhos e uma cunhada de Mariano Travassos. O presidente do TJ-MT afirmou, no Ofício 1.480/2009, que os dados apresentados para o CNJ foram "pinçados por amostragem".

Os filhos Leonardo Travassos e Paulo Renato Travassos receberam respectivamente R$ 23.598,47 e R$ 106.104,38. Já a cunhada Suseth Terezinha Metelo Taques Lazarini recebeu R$ 117.758,75. Nessa gestão, Suseth Lazarini foi nomeada por Travassos como diretora-geral do Tribunal de Justiça.

Na lista apontada pelo desembargador Mariano Travassos, aparecem 10 nomes. Entre eles, a mulher, o filho e a cunhada do desembargador Paulo Lessa. A servidora Déa Maria de Barros e Lessa — mulher de Lessa e ex-presidente do Grupo de Ação Social do Judiciário (Gasjud), teria recebido mais de dois milhões. O filho, Fábio Helene Lessa, recebeu R$ 127.813,65 e a servidora Sandra Maria Curvo B. Garcia, irmã de Déa Lessa, recebeu R$ 196.520,64, de acordo com o site.

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