Prazo de saída

Produtores insistem em não deixar Raposa do Sol

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30 de abril de 2009, 19h46

Dois agricultores insistem em não deixar reserva Raposa do Sol (RR), apesar do prazo dado pela Justiça para desocupação vencer nesta quinta-feira (30/4). Segundo informações da Agência Brasil, os dois produtores de arroz insistem em ficar até dia 15, quando o arroz plantado estará pronto para colheita.

O produtor Paulo César Quartiero diz ter cerca de 400 hectares à espera da colheita na Fazenda Providência. Ele não admite ser retirado da região com truculência. “Estarei lá esperando. Se vier com ordem judicial escrita e clara, eu saio, mas não vou sair na marra, só porque terão muitos policiais”, afirmou.

A Fazenda Depósito, que também era ocupada por Quartiero, teve sedes e galpões destruídos e ele poderá ser responsabilizado criminalmente, pois a Fundação Nacional do Índio (Funai) já depositou em juízo indenizações pela benfeitorias. “A propriedade é minha e eu destruo da maneira que quiser”, argumentou o rizicultor. Outro produtor com colheita pendente no local é Tiaraju Saccio. Ele ainda teria 80 hectares plantados na Fazenda Canadá e também está disposto a esperar pela eventual desocupação forçada.

Trezentos agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança estão mobilizados para participar da operação de desintrusão a partir de amanhã. Segundo o superintendente da PF em Roraima, José Maria Fonseca, os produtores de arroz deverão sair da área sem resistir, pois o arroz deles já está embargado pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, que também já aplicou multas milionárias aos produtores por degradação ambiental.

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