Pena capital

Juiz saudita diz ser aceitável matar donos de TV imoral

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17 de setembro de 2008, 0h00

O xeque Salih Ibn Al-Luhaydan, que é a mais alta autoridade do Judiciário da Arábia Saudita, afirmou que não vê problema em matar donos de canais de TV por satélite que exibem programas considerados imorais. A declaração, segundo as agências de notícias internacionais, foi feita por Al-Luhaydan em uma emissora estatal de rádio, na qual ele respondia perguntas de ouvintes.

Um dos ouvintes perguntou a opinião do juiz sobre os programas que exibiam mulheres com pouca roupa no mês sagrado muçulmano do Ramadã. Al-Luhaydan não teve dúvida em responder que esses canais são maléficos e promovem devassidão.

Existem dezenas de canais por satélite no Oriente Médio que não passam pela censura dos governos árabes. Al-Luhaydan é um conhecido clérigo linha-dura com uma legião de seguidores. Ele é o chefe do Conselho Superior de Justiça do país.

“Esses programas são um grande mal, e que os donos destes canais são tão culpados quanto os que os assistem. Eu os alerto para as conseqüências. É legítimo matar os que encorajam comportamento licencioso, se eles não podem ser detidos por outros meios. É legítimo matar aqueles que apelam para a corrupção se sua maldade não pode ser impedida com a imposição de outras penas”, afirmou o juiz.

A frase, dita semana passada, foi postada na internet e ganhou repercussão na imprensa ocidental na sexta-feira passada (12/9).

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