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Entrevista sobre gestão de escritórios é a mais lida da semana

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6 de setembro de 2008, 0h00

A entrevista feita pela revista Consultor Jurídico com a consultora de marketing Anna Luiza Boranga foi a notícia mais acessada desta semana. Desde que o texto foi publicado no dia 31 de agosto, recebeu 3.882 acessos, de acordo com mediação do Google Analytics. A audiência da entrevista confirma o interesse dos advogados quando o assunto é a profissionalização da administração dos escritórios de advocacia.

O texto apontou também que Anna Boranga está por trás da estrutura administrativa dos maiores escritórios do país. Nos 20 anos em que trabalha com a advocacia, a consultora desenvolveu projetos de administração profissional para grandes nomes do Direito: desde Syllas Tozzini até Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias.

Para ela, a advocacia virou negócio e escritórios, empresa. Durante a entrevista, ela disse também que a idéia de profissionalizar a administração dos escritórios já pegou de vez. “A advocacia deixou de ser uma idéia artística bonita para se tornar business”, constata.

Ela se refere à mudança que aconteceu com os profissionais do Direito principalmente nas duas últimas décadas. E explica que se antes o advogado se preocupava apenas em criar grandes teses, hoje ele precisa estar antenado no mercado de trabalho, se preocupar com a sua imagem e identificar espaços para crescer. “A idéia romântica do advogado artista, hoje, se aplica para meia dúzia de pessoas que podem se dar ao luxo de ser pareceristas”, disse ela na ocasião.

Anna Luiza foi a pioneira a profissionalizar a administração dos escritórios. Começou em 1988, no Tozzini, Freire, Teixeira e Silva. No começo, “meus colegas achavam que eu fazia decoração de escritórios”. Do Tozzini, ela foi desenvolvendo projetos de escritório em escritório. Hoje, soma mais de 100 escritórios em seu currículo pelo país.

Ela falou também sobre o papel do administrador em um escritório de advocacia, do crescimento dos escritórios de advocacia, do mercado de administração legal, da diferença da política de honorários do Brasil, e como funciona o marketing nas bancas.

Segundo lugar

O impasse sobre a votação da lista do quinto constitucional da advocacia pelo Superior Tribunal de Justiça também voltou à pauta. A notícia de que a OAB pode deixar de indicar representante para o STJ, publicada no último dia 3 de setembro, teve 3.070 acessos.

É que cresce na Ordem dos Advogados do Brasil um movimento para que a entidade não indique a lista sêxtupla para a vaga do ministro Humberto Gomes de Barros enquanto o tribunal não escolher os nomes da lista anterior. Essa lista foi votada e descartada pelo STJ em fevereiro passado. Se o tribunal não resolver indicar alguém, poderá ficar com duas cadeiras de ministro vagas.

A decisão será tomada na próxima reunião plenária do Conselho Federal da OAB, marcada para os dias 15 e 16 de setembro. Na posse do ministro Cesar Asfor Rocha na Presidência do STJ, na quarta-feira (3/9), o presidente da OAB, Cezar Britto, cobrou uma posição do tribunal e de seu novo presidente. “Vossa Excelência, que aqui chegou por meio do quinto constitucional, tem a responsabilidade de não interromper a participação e a colaboração da advocacia na administração da Justiça”, disse Britto.

Com um novo interlocutor no comando do STJ, há a esperança de que se resolva a questão com o uso da diplomacia. Caso contrário, caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir o embate, já que a Corte Especial do STJ rejeitou o pedido de Mandado de Segurança por meio do qual a OAB pretendia garantir a votação da lista.

A origem

O impasse entre a advocacia e o tribunal começou no dia 12 de fevereiro, quando os ministros do STJ não quiseram escolher nenhum dos nomes indicados pela Ordem para integrar a corte. Fazem parte da lista os advogados Flávio Cheim Jorge, do Espírito Santo; Cezar Roberto Bitencourt, do Rio Grande do Sul; Marcelo Lavocat Galvão, do Distrito Federal; Bruno Espiñeira Lemos, da Bahia; Roberto Gonçalves de Freitas Filho, do Piauí; e Orlando Maluf Haddad, de São Paulo.

Nos três turnos de votação da lista, nenhum candidato atingiu o mínimo de 17 votos. Na primeira votação, 13 ministros votaram em branco. No segundo escrutínio, foram 15 e no terceiro, 19 ministros votaram em branco. Foi a primeira vez em sua história que o STJ rejeitou uma lista apresentada pela Ordem.

Os ministros tinham duas formas para não escolher nenhum dos nomes. A primeira era devolver a lista de pronto, o que causaria um atrito ainda mais grave com a OAB. A segunda maneira era não votar nos candidatos, para que nenhum chegasse aos 17 votos necessários. Esta forma foi a escolhida por ser considerada a menos traumática.

Na ocasião, um ministro disse à revista Consultor Jurídico que os votos em branco não indicam inidoneidade dos candidatos, mas apenas que os ministros acreditam que eles não têm o perfil para ocupar uma vaga no tribunal.

O STJ já empossou três novos ministros e está prestes a empossar o quarto desde que rejeitou a lista da Ordem dos Advogados. Tomaram posse em 17 de junho passado os ministros Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell e Og Fernandes. O presidente Lula nomeou, ainda, Benedito Gonçalves para ocupar uma vaga na corte.

Leia os 10 textos mais acessados da semana

Direito profissional — Advocacia virou negócio e escritórios, empresas.

Ordem sem lista — OAB pode deixar de indicar representante para o STJ.

Execução fiscal — TRF-3 admite discussão de prescrição sem penhora.

Instituição familiar — STJ manda Vara de Família decidir sobre união gay.

Choque de guardiões — Bate-boca em sessão do Supremo revela mal-estar com JB.

Poder X Poder — Presidência da República grampeou o Supremo Tribunal Federal.

Ofensa à imagem — Juiz não pode ser sócio de curso jurídico, diz Joaquim Falcão.

Estado policial — Por causa de grampo no STF, Lula afasta cúpula da Abin.

Requisito dispensado — Candidata pode tomar posse sem provar prática forense.

Motivos pessoais — Procurador-geral federal deixa o cargo e substituto assume.

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