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Conselho da Justiça Federal terá gestão de choque, diz Asfor Rocha

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24 de outubro de 2008, 16h52

O presidente do Conselho da Justiça Federal e do Superior Tribunal de Justiça, ministro Cesar Asfor Rocha, afirmou em reunião nesta quinta-feira (23/10), com os dirigentes do CJF, que irá imprimir um “choque de gestão” no órgão. “O CJF é um órgão exemplar, mas precisa se renovar”, afirmou o presidente, ressaltando que a grande prioridade de sua gestão será a digitalização dos processos administrativos. “Vamos eliminar o papel dentro do Conselho”, disse o ministro. O presidente estava acompanhado do coordenador-geral da Justiça Federal, ministro Hamilton Carvalhido.

O presidente do CJF quer que a área de tecnologia da informação receba uma atenção especial. Além de virtualizar os processos administrativos e conseqüentemente as sessões do CJF, o ministro pediu urgência na conclusão do sistema processual único da Justiça Federal (E-JUD), que possibilitará a emissão de certidões negativas com validade nacional. Outra prioridade eleita pelo ministro é a interligação de todos os órgãos da Justiça Federal mediante sistema de telefonia IP. Segundo o secretário de tecnologia da informação do CJF, Edicarlos Caixeta, esse projeto já está em estágio avançado de implantação.

“O ministro Carvalhido e eu estamos dispostos a receber sugestões para melhorar a prestação dos nossos serviços”, disse o presidente aos secretários do CJF, solicitando-lhes que destacassem os principais projetos em andamento em cada secretaria. A secretária-geral do Conselho, Eva Maria Ferreira Barros, fez um breve relato das ações em desenvolvimento no órgão, destacando a realização de reunião do Comitê Técnico de Obras da Justiça Federal. O comitê, segundo ela, irá aperfeiçoar a alocação dos recursos destinados à construção, aquisição e modernização de imóveis na Justiça Federal. “Na sua gestão já iremos colher os frutos desse trabalho”, disse ela ao presidente.

Em relação à digitalização dos processos administrativos, a secretária-geral relatou ao presidente que está sendo estudada a adoção do sistema Fluxus, desenvolvido pela Seção Judiciária do Ceará. As funcionalidades do sistema, que permite a geração e o gerenciamento de documentos e processos em meio eletrônico, foram apresentadas na semana passada aos dirigentes do CJF, pelo supervisor da Seção de Desenvolvimento de Sistemas da Seção Judiciária, Gervásio Kaiser.

A secretária-geral mencionou ainda o trabalho de planejamento que vem sendo feito na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças, o projeto de auditoria nas unidades da Justiça Federal, executado pela Secretaria de Controle Interno, e o sistema “SRH Gerencial”, em desenvolvimento pela Secretaria de Recursos Humanos, que reunirá uma série de informações sobre os servidores do CJF e da Justiça Federal.

Ao final da reunião, o presidente salientou que, ao nomear Eva Barros como secretária-geral, a primeira servidora do quadro de pessoal do CJF a assumir essa função, quis prestigiar o órgão. “Tenho certeza de que, irmanados e atuando em harmonia, vamos melhorar a prestação jurisdicional”, disse o ministro Asfor Rocha.

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