Operação Satiagraha

Acusado de tentar subornar delegado da Satiagraha pede liberdade

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22 de julho de 2008, 21h59

O professor universitário Hugo Chicaroni, preso depois de tentar subornar um delegado ligado à Operação Satiagraha, pediu Habeas Corpus, nesta terça-feira (22/7), ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Chicaroni e Humberto Braz, braço direito do banqueiro Daniel Dantas, são os únicos investigados pela Operação Satiagraha que continuam presos. Braz já recorreu ao TRF-3, mas teve pedido de Habeas Corpus negado pela desembargadora federal Ramza Tartuce.

De acordo com o Ministério Público Federal, o banqueiro Daniel Dantas, investigado pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, ofereceu cerca de US$ 1 milhão a um delegado da PF para que seu nome, o da sua irmã Verônica Dantas e de Carlos Rodemburg, sócio e vice-presidente do Banco Opportunity, fossem retirados das investigações. A tentativa de suborno teria sido intermediada por Chicaroni e Braz.

Humberto Braz e Hugo Chicaroni já haviam entrado no Supremo Tribunal Federal com pedido de extensão da decisão que libertou Daniel Dantas. O pedido foi negado. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, entendeu que o pedido de “prisão preventiva decretada em desfavor dos atuais requerentes [Braz e Chicaroni] fundamenta-se em situação fática distinta daquela apreciada em favor do paciente [Daniel Dantas]”.

Indiciamento

A Polícia Federal indiciou na última sexta-feira (18/7) o banqueiro Daniel Dantas e mais nove pessoas por gestão fraudulenta e formação de quadrilha.

Deflagrada no dia 8 de julho, a Operação Satiagraha prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e mais 14 pessoas suspeitas. Com exceção de Braz e Chicaroni, todos foram beneficiados com liminares em Habeas Corpus.

Processo: 2008.03.00.027732-8

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