Nova estratégia

Cacciola pede intervenção da ONU para evitar volta ao Brasil

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8 de julho de 2008, 15h56

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola recorreu, nesta terça-feira (8/7), ao comitê da ONU (Organização das Nações Unidas) contra a tortura para impedir sua extradição de Mônaco para o Brasil. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

O advogado de Cacciola, Frank Michel, disse que a estratégia é aguardar uma reposta do comitê da ONU nas próximas 48 horas. Se ela for negativa, a defesa do ex-banqueiro deve ingressar com uma possível apelação perante a Suprema Corte do Principado, a última instância possível.

Na última sexta-feira (4/7), o príncipe de Mônaco Albert II autorizou a extradição de Cacciola ao Brasil. Por aqui, o ex-banqueiro foi processado e condenado à revelia a 13 anos de prisão por fraude financeira e desvio de dinheiro público.

Ele ainda é acusado de ter causado, em 1999, perdas equivalentes a US$ 1,2 bilhão. Na época, Cacciola era dono dos bancos Marka e Fonte Cindam, que receberam empréstimos irregulares de R$ 1,6 bilhão do Banco Central.

Cacciola estava foragido do país desde 2000, quando deixou o país e se refugiou em Milão (Itália), onde nasceu em 1944. Ele foi detido em 15 de setembro de 2007 em um hotel em Mônaco e está preso desde então. As autoridades brasileiras negociam a extradição do ex-banqueiro desde outubro de 2007.

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