Vida longa

Expectativa de vida do brasileiro já é de mais de 72 anos

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1 de dezembro de 2008, 18h36

Cinco anos, seis meses e 26 dias. Esse foi o aumento da expectativa de vida do brasileiro nos últimos 16 anos, de acordo com a última pesquisa do IBGE. O salto foi de 67 anos em 1991, para 72,57 em 2007. Outro aspecto positivo foi o declínio da mortalidade infantil: 45,9 por mil em 1991, para 24,32 por mil em 2007. Mas o que preocupa, ainda, é a diferença de vida entre homens e mulheres.

O IBGE divulgou nesta segunda-feira (1/12) as Tábuas Completas de Mortalidade — 2007. O Instituto faz essa pesquisa anualmente desde 1999 em cumprimento ao artigo 2º do Decreto Presidencial 3.266 de 29/11/1999. Os dados são utilizados pelo Ministério da Previdência Social no cálculo do fator previdenciário das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social.

Entre os anos de 1991 e 2007, a expectativa de vida dos homens subiu de 63,20 anos para 68,82 anos. A das mulheres foi de 70,90 para 76,44. A diferença da expectativa de vida entre o sexo masculino e o feminino diminuiu pouco. A diferença era de 7,70 em 1991 e foi para 7,62 em 2007. Uma mulher nascida no Rio Grande do Sul, em 1991, tinha expectativa de viver 18,98 anos a mais que um homem nascido em Alagoas. Em 2007, a diferença que separa uma mulher do Distrito Federal e a de um homem de Alagoas é de 16,32 anos.

A diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres continua grande e a sobremortalidade do homem aumentou. Em 1991 era de 3,34 e foi para 4,20 em 2007. Isso significa que, entre as idades de 20 e 24 anos, a chance de um homem morrer é quatro vezes maior que de uma mulher. A pesquisa aponta a violência social como uma das justificativas para essa diferença. Segundo os pesquisadores do IBGE “se as mortes por causas externas, particularmente as mortes violentas, não tivessem adquirido tamanha dimensão, a esperança de vida ao nascer de um brasileiro poderia ser superior em dois ou três anos”.

Já a taxa de mortalidade infantil (mortos com menos de 1 ano de idade por mil nascidos vivos) caiu de 45,19 em 1991, para 24,32 em 2007. Os números representam uma diminuição acima de 46% em 16 anos. O Brasil tem como meta para 2015 uma taxa próxima de 15. Os pesquisadores do IBGE indicam que se continuar avançando desta maneira, chegará a 18,20 em 2015. Adiantaram também que em 2010 o Censo Demográfico oferecerá subsídios mais precisos, o que possibilitará uma melhor avaliação, ajudando o país a atingir a meta contida nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

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