Operação Termes

PF investiga liberação ilegal de madeira em Mato Grosso

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29 de abril de 2008, 13h16

A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira (29/4), em Cuiabá, a Operação Termes, que investiga liberação irregular de cargas de madeira extraída ilegalmente. De acordo com a PF, o esquema ilegal envolve advogados e servidores públicos de diversos órgãos públicos, entre os quais a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, a Delegacia Estadual do Meio Ambiente e a Polícia Rodoviária Federal.

O esquema teria sido descoberto a partir da deflagração da operação Arco de Fogo, que visava reprimir crimes ambientais de extração ilegal de madeira na floresta amazônica. Segundo as investigações, as irregularidades vão desde o licenciamento irregular das madeireiras e emissão do Certificado de Identificação de Madeira (CIM) até o pagamento de propina a policiais rodoviários federais facilitação na fiscalização de cargas transportadas pelas estradas.

Foram mobilizados 250 policiais federais e 20 da Força Nacional para cumprir 58 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, São Félix do Araguaia, Comodoro, Cáceres, Porto Esperidião, Sinop, Colíder, Porto dos Gaúchos, Marcelândia, Cláudia, Alta Floresta, Paranaíta e Aripuanã.

Segundo o corregedor da Superintendência da Polícia Rodovária Federal em Mato Grosso, Wilson Francisco dos Santos, entre os presos estão policiais rodoviários baseados em Diamantino, Várzea Grande (Trevo do Lagarto), Serra de São Vicente e a saída para Rondonópolis. A lista dos detidos é a seguinte: Odilon de Brito Filho, Gilson Balesteiro, Mário Tadeu Pinto de Souza, Luís Antônio França Escobar, Aloísio Costa e Silva, Marcos Antônio Lima de Farias, Christian de Arruda Garcia, Ércio Campos Arruda, Celso Willian Monteiro Rocha e Nelson Roberto de Souza Covorsin. Além deles, foi preso Marconiel Pouso de Amorim, ex-policial rodoviário.

Alguns dos detidos têm antecedentes. Luís Antônio França, por exemplo, teve seu nome envolvido em caso de assassinato e chegou a ficar por um tempo foragido da Justiça. Aloísio Costa foi acusado de receber propina em esquemas fiscais. Outro com antecedente, segundo a PF, é Marconiel Pouso de Amorim, demitido em decorrência da comprovação de envolvimento em crimes fiscais.

Além dos 67 mandados de prisão, agentes cumprem 58 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios. Até agora, foram presos policiais rodoviários, empresários e despachantes. Até as 15h, os novos resultados eram os seguintes: em Sinop foram presas três pessoas e, em Alta Floresta, mais 3 prisões. O juiz Julier Sebastião da Silva expediu mandados de prisões de suspeitos em Colíder, Porto dos Gaúchos, Marcelândia, Paranaíta, Apiacás, Cáceres, Comodoro, São Félix do Araguaia, Porto Esperidião, Várzea Grande e Cuiabá.

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