Protesto da Polícia

PF ameaça fazer greve se governo não atender seus pedidos

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21 de setembro de 2007, 14h05

Se o governo não atender as suas reivindicações, os servidores administrativos da Polícia Federal podem paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir da semana que vem. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (20/9) em Brasília.

As reivindicações da categoria são a realização de concurso público para a contratação de 3 mil funcionários, fim da terceirização de serviços, do acúmulo de funções e aumento do piso salarial de R$ 3 mil para R$ 6 mil para quem tem nível superior. Os manifestantes deram prazo de 72 horas para que o governo apresente uma proposta.

Entre os serviços que poderão ser atingidos, estão a emissão de passaportes, registro de estrangeiros, entrega de arma e solicitação de porte.

O governo, ao saber da decisão, reagiu de pronto. O Ministério da Justiça informou, nesta quinta-feira (20/9), que serão pagas na próxima semana as diárias, que estão atrasadas, dos agentes da Força Nacional de Segurança, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal que trabalharam nos Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério, os integrantes da Força Nacional receberam R$ 123 por diária durante o Pan. Agora, receberão a diferença em relação ao novo valor: R$ 247.

O orçamento de 2007, no entanto, não previa o aumento no valor das diárias dos servidores públicos que trabalharam no Pan. Esta foi a explicação dada pelo Ministério da Justiça para o atraso no pagamento. Um decreto de julho de 2007 dobrou o valor das diárias até 30 de agosto. O orçamento, informou o Ministério, tampouco previa a permanência no Rio de 1,2 mil homens da Força Nacional.

Os recursos serão, agora, liberados por meio de Medida Provisória, que abrirá crédito extraordinário de R$ 74,7 milhões. Em 2007, segundo o Ministério da Justiça, já foram pagos R$ 39,5 milhões em diárias aos agentes da Força Nacional de Segurança. O diretor de Relações do Trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Carlos Sabino, diz que a entidade não tem poupado esforços para garantir o pagamento aos policiais. “Só vamos parar depois que a MP for editada e as diárias pagas”, afirma.

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