Volta à normalidade

Funcionários do Correios terminam greve de nove dias

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21 de setembro de 2007, 20h15

A Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos chegaram a um acordo pelo fim da greve que já durava nove dias. A conciliação foi mediada pelo ministro Milton de Moura França, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

A audiência pelo fim da greve começou na manhã desta sexta-feira (21/9). Dezenove dos 33 sindicatos da categoria aceitaram o acordo coletivo proposto pela empresa. Eram necessárias 18 adesões. Ficou decidido que os empregados terão 3,74% de reajuste e receberão R$ 500 de abono e R$ 60 de aumento linear a partir de janeiro.

Eles também ganharão vale-alimentação extra de R$ 391 em dezembro, inclusão dos pais de novos funcionários no plano de saúde e auxílio-creche para até 7 anos de idade, além da não-reposição dos dias de paralisação.

No início da greve, na quarta-feira da semana passada, a Fentect pedia reajuste de 47,77%, aumento linear de R$ 200, a negociação do plano de cargos e salários e a contratação de 25 mil funcionários.

A Federação comprometeu-se a colocar em dia na próxima semana o atraso acumulado. O controle do compromisso ficará a cargo de cada unidade dos Correios. Em caso de descumprimento, a empresa pode convocar os empregados para trabalharem no final de semana.

A negociação começou na quarta-feira (19/9), um dia depois dos Correios instaurarem dissídio em que pedia ao TST uma declaração do abuso de greve.

Desde o inicio da negociação, o ministro Moura França insistiu por uma solução negociada. Ele fez questão parabenizar a empresa e a Federação pela responsabilidade demonstrada durante o processo. Segundo o ministro, os dois lados souberam “compreender a gravidade da situação, que envolve um serviço de utilidade pública importantíssimo e trabalhadores cuja responsabilidade e dedicação são reconhecidas por toda a população”.

Se a greve não terminasse no acordo, seria aberto um processo que seria julgado pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST. Durante a greve, as agências funcionaram normalmente. Mas, não houve garantia de entrega das correspondências durante o período.

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