Busca no parque

Polícia faz apreensão de documentos na sede do Corinthians

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4 de setembro de 2007, 19h48

Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo fizeram, na tarde desta terça-feira (4/9), uma operação no Parque São Jorge, do Corinthians, em busca de documentos. Em conjunto com o Ministério Público Estadual, a operação investiga a emissão de cerca de 80 notas frias que teriam lesado as finanças do Corinthians. Segundo reportagem da Agência Estado, entre os acusados estão o presidente Alberto Dualib e o vice Nesi Curi, que estão afastados dos cargos.

Os policiais deixaram o local carregando diversos papéis e computadores que foram apreendidos na sede do clube. A empresa N.B.L. Serviços Contábeis é acusada de vender notas falsas e simular a prestação de serviços nunca feitos. O esquema, que teria acontecido entre 2000 e 2005, pode ter deixado um rombo de R$ 436,5 mil nos cofres do Corinthians.

A operação foi comandada pela delegada Inês Cunha e acompanhada pelos promotores Reinaldo Guimarães Carneiro e Roberto Porto, que fizeram a denúncia — todos estiveram no Parque São Jorge. Momentos antes, os investigadores compareceram à sede da empresa N.B.L., localizada no bairro de Perdizes (zona oeste de São Paulo), e também apreenderam notas e documentos.

Assim como Alberto Dualib e Nesi Curi, o proprietário da N.B.L., Juraci Benedito, também é acusado de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Em declarações aos promotores, Benedito chegou a admitir que recebeu mensalmente, durante seis anos, R$ 17 mil.

Durante o período, foi comum Dualib assinar dois ou três pagamentos, de valores diferentes da empresa, no mesmo dia. Em 20 de janeiro de 2004, por exemplo, o escritório de contabilidade cobrou do clube, em três notas (248, 249, 250), três quantias diferentes: R$ 9.000,00; R$ 3.250,00; R$ 1.500,00 — total de R$ 13.750,00.

O Deic, além de ouvir os cartolas corintianos e o dono da empresa de contabilidade, vai interrogar Marcos Roberto, controlador financeiro do Corinthians levado ao clube naquela época pelas mãos do presidente Dualib, e Daniel Espíndola, seu diretor administrativo de recursos humanos.

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