Fim da pirotecnia

OAB elogia anúncio de mudanças nas operações da PF

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2 de setembro de 2007, 0h01

O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, elogiou declaração do ministro da Justiça, Tarso Genro, de que a Polícia Federal continuará a fazer as operações de combate a crimes de corrupção, mas sem pirotecnia. A mudança acontece com a troca no comando da PF que será dirigida por Luiz Fernando Corrêa.

“As operações da Polícia Federal, importantes no combate ao crime organizado e à corrupção, têm na legalidade a sua razão de existência e o seu limite”, afirmou Britto. A OAB já pediu mudanças nas operações por causa de abusos cometidos contra direitos profissionais dos advogados e de seus clientes.

Na avaliação de Britto, o reconhecimento de Tarso de que erros ocorreram e o anúncio de que o método utilizado nas operações deve ser alterado é importante para consolidar o Estado Democrático de Direito.

Entre as violações mais comuns alegadas pela OAB estão as negativas de acesso pelos advogados a informações sobre as prisões de seus clientes e o contato com os presos. Além disso, a exposição da imagem de pessoas presas sem que se tivesse comprovado o cometimento de crimes.

Tarso Genro afirmou que as operações serão feitas com uma maior preocupação no sentido de “evitar a exposição pública” das pessoas presas e “evitar injustiças que às vezes ocorreram com pessoas que foram expostas e depois inocentadas”. O delegado Paulo Lacerda, que estava a frente do comando da corporação, será, agora, o novo diretor da Abin.

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