Distância de Cuiabá

Arcanjo é transferido para prisão de segurança máxima

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17 de outubro de 2007, 17h12

A transferência de João Arcanjo Ribeiro do Presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá (MT), para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) foi autorizada, na terça-feira (16/10), pela juíza da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda.

A juíza autorizou a transferência depois de ter sido alertada pela direção do presídio sobre uma possível rebelião. Arcanjo estaria exercendo um poder paralelo de dentro da prisão. A transferência já foi efetivada. O Ministério Público deverá prestar relatório sobre os procedimentos adotados a partir da decisão em cinco dias.

Selma Arruda, que também acumula a função de corregedora dos presídios, explicou que a medida foi necessária porque um ofício do sub-diretor da unidade, informou a possibilidade de rebelião no Raio 4 e 5, onde estava Arcanjo.

“O que parece é que Arcanjo permanece em plena detenção do poder e prestígio que sempre teve. Demonstra desrespeito à Lei, às autoridades constituídas e ao Estado Democrático de Direito. Há, portanto, indícios da prática de delitos, mesmo depois de preso”, afirmou a juíza.

O fato de enviar o detento para um presídio de segurança máxima, também foi motivado pelas acusações que resultaram nas prisões temporárias do genro de Arcanjo, além de policiais militares, delegados e investigadores da Polícia Civil e um advogado. As prisões foram decretadas por juízes de Mato Grosso e cumpridas na chamada “Operação Arrego”. Eles são acusados de atuar em uma organização comandada por Arcanjo de dentro da prisão.

João Arcanjo Ribeiro foi condenado a 37 anos de prisão, em regime fechado, por crimes financeiros, formação de organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

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