Charuto na cela

Oficial acusado de permitir privilégios a Saddam é julgado

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16 de outubro de 2007, 17h38

Começou nesta terça-feira (16/10), em Bagdá, o julgamento de um oficial do exército dos EUA acusado de ter permitido que o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein fumasse charutos cubanos em sua cela. Segundo o site Findlaw, na corte marcial, ele foi acusado de “conceder privilégios especiais ao inimigo”.

O coronel William H. Steele enfrenta acusações que podem levá-lo a seis anos de cadeia, só no caso dos charutos. Ele é acusado, ainda, de ter permitido que assessores de Saddam, também na cadeia, falassem ao telefone celular. As acusações podem levá-lo à prisão perpétua.

Inicialmente, William H. Steele poderia ser condenado a pena de morte por ter ajudado o inimigo, conforme prevê a lei militar dos Estados Unidos. Mas, segundo o porta-voz do Exército, tenente coronel Rudolph Burwell, as forças dos EUA em Bagdá resolveram abrir mão da pena de morte nesse caso.

Os fatos ocorreram entre outubro de 2005 e fevereiro de 2007, quando Steele era comandante do 451º Destacamento de Polícia do Exército na Prisão Camp Cropper, em Bagdá. De acordo com a acusação, ele “aprovou que se comprassem charutos cubanos para Saddam, confraternizou-se com a filha do ditador detido e usou seu revólver de serviço para intimidar guardas que discordavam daquilo”.

A única acusação marcial recente da crônica militar dos EUA sustentada com base na “colaboração com o inimigo” fora sustentada contra um capelão militar islâmico, o capitão James J. Yee, acusado de espionagem na Base Militar de Guantánamo, em Cuba.

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