Mercado feminino

Número de mulheres na advocacia pode superar o de homens

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  • Ari Lima

    é empresário engenheiro consultor e especialista em marketing e gestão de escritórios de advocacia.

30 de maio de 2007, 12h30

Historicamente dominada pelos homens, a advocacia agora está sendo definitivamente conquistada pelo sexo feminino. Não apenas em termos qualitativos, em que 34% dos cargos de comando nos setores jurídicos de grandes empresas são ocupados por mulheres, mas também do ponto de vista quantitativo, pois as mulheres já são 42,3% do total de advogados do Brasil e 50,5 % dos advogados com até cinco anos de formados.

Os números constam de reportagem publicada pela revista Você S.A., na edição 103, de janeiro. Ela cita a pesquisa Strategic Compensation Survey, da consultoria Watson Wyatt, de São Paulo, com 134 empresas. Juntas, as empresas empregam cerca de 450 mil pessoas.

A reportagem menciona o exemplo de três advogadas de sucesso, mostrando que a conquista das mulheres por um espaço no mundo jurídico já é uma realidade.

A paulista Fernanda Horovitz Frankel, de 28 anos, de São Paulo, foi promovida a advogada plena do escritório Viseu Cunha e Oricchio Advogados em apenas dois anos de casa. Patrícia Godoy Oliveira, de 32 anos, é superintendente jurídica da Marítima Seguros, em uma função estratégica na empresa. E a advogada Isabel Cristina Gomes, de 43 anos, de Santo André, é a primeira mulher a ocupar um cargo na direção da 3M do Brasil e ocupa o cargo de diretora do departamento jurídico da empresa.

O boletim informativo 116, de maio, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, traz uma reportagem sobre a desembargadora Claudia Regina Guedes Maia, que foi aprovada no concurso de juízes em 1990 e vem realizando um excelente trabalho como integrante da 13ª Câmara Cível do TJ-MG. Segundo a desembargadora, a presença da mulher tem mudado o perfil do poder judiciário, em função dela ter um enfoque diferente dos homens na solução de conflitos e na abordagem de problemas. Acrescentou que a mulher tem o hábito de ser mais organizada, e abordar as questões de forma mais parcelada, enquanto o homem tem uma visão mais prática dos problemas.

O fato é que está havendo uma valorização cada vez maior do sexo feminino no mercado de trabalho, e as advogadas estão acompanhando esta tendência. A cada ano o número de mulheres, formadas em Direito e que entram no mercado, torna-se mais expressivo, e isto é um forte indicador de que as mulheres poderão ultrapassar em breve o número de advogados.

Em nosso trabalho de marketing pessoal e jurídico, nas palestras e cursos que ministramos e nos escritórios que visitamos, percebe-se claramente esta tendência da participação expressiva de mulheres na área jurídica.

Observa-se, também, uma acentuada motivação das mulheres em participar de treinamentos e desenvolvimento pessoal, o que, certamente, justifica esta ascensão feminina em cargos de destaque nos setores jurídicos.

Portanto, fica cada vez mais clara a nova realidade no mundo da advocacia: as mulheres estão conquistando espaço e poder neste setor que antes era dominado, majoritariamente, por homens.

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