Nome aos bois

Advogados querem saber nomes de pacientes psiquiátricos

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23 de maio de 2007, 15h09

Advogados dos Estados Unidos estão deflagrando um movimento inédito no país: fazer com que instituições psiquiátricas revelem os nomes de seus internos, sobretudo daqueles que não têm família. O movimento tenta brecar a prática de se enterrar os doentes mentais sem família sem revelar as reais causas de suas mortes.

Segundo o site Findlaw, a referência da luta dos advogados é a cidade de Hastings, no estado de Nebraska, onde cerca de mil doentes mentais morreram num hospital psiquiátrico, entre 1888 e 1959, sem se saber em que condições viveram. Segundo o psicólogo clínico Pat Deegan, há nos Estados Unidos “centenas de milhares” de doentes mentais internados sem que nenhuma instituição pública saiba sobre as reais condições em que vivem.

Há em território americano 22 cemitérios para enterrar como indigentes essas pessoas. Os estados do Texas, Massachusetts, Minnesota, Washington, South Carolina, Maine e Wisconsin são os únicos que mantêm registro público das internações. Os advogados que promovem esse movimento de identificação estão reunidos sob uma entidade chamada Mental Health América.

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