Pedido de investigação

OAB cobra punição de envolvidos em morte de jornalista

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7 de maio de 2007, 16h20

O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, cobrou das autoridades a investigação da morte do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho e a punição dos envolvidos. O jornalista foi assassinado no sábado (5/6) em Porto Ferreira, no interior de São Paulo.

Há três anos, ele denunciou um esquema de aliciamento de menores envolvendo políticos e donos de empresas de Porto Ferreira. As informações são da agência de notícias G1.

Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (7/5), Cezar Britto classificou a morte do profissional como um “crime de lesa-democracia”. “Toda vez que um jornalista sofre qualquer tipo de violência e constrangimento em face do exercício de sua profissão, a vítima não é apenas ele: é a sociedade e o Estado democrático de Direito”, declarou.

A reportagem em que denunciou o esquema de exploração sexual de meninas adolescentes por pessoas influentes na cidade, publicadas no Jornal Realidade de Porto Ferreira, valeu para Barbon a indicação para a final do Prêmio Esso de Jornalismo, categoria Interior, em 2003.

A polícia, que não tem pistas dos assassinos, acredita que a morte do jornalista pode ter sido encomendada. Mesmo estando acompanhado de amigos, no bar, Barbon foi o único atingido pelos tiros.

Leia a íntegra da nota da OAB

Toda vez que um jornalista sofre qualquer tipo de violência ou constrangimento em face do exercício de sua profissão, a vítima não é apenas ele: é a sociedade e o Estado democrático de Direito.

No caso do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, executado covardemente no último sábado, em São Paulo, há claros sinais de que sofreu retaliação em face de denúncias que veiculou pela imprensa.

É, portanto, crime de lesa-democracia, que precisa ser apurado e punido.

Cezar Britto

Presidente do Conselho Federal da OAB

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