Culpa pelo fracasso

Mesbla culpa Bradesco por falência e pede R$ 8 bilhões

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30 de junho de 2007, 0h01

A extinta Mesbla quer voltar a existir. Está pedindo na Justiça que o Bradesco pague, pelo menos, R$ 7,9 bilhões para ela voltar a se estruturar. A rede de lojas culpa o banco pela sua falência e pede indenização.

O pedido de indenização está na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Para o advogado da Mesbla, Waldymir Soares de Brito, do escritório José Oswaldo Corrêa, o valor da indenização pode chegar a R$ 40 bilhões. O cálculo é feito em cima de uma loja de departamento, que hoje vale R$ 4 bilhões. Segundo advogado, a Mesbla era 10 vezes maior do que essa loja.

A falência da Mesbla foi decretada em julho de 1999. Em agosto, a última loja, que ficava em Niterói (RJ), foi fechada. Na época, o empresário Ricardo Mansur estava à frente da empresa. Ele assumiu o controle da Mesbla em 1997, quando a loja já estava em crise, com dívida fiscal de R$ 350 milhões. Mansur foi acusado de administração fraudulenta e chegou a ser preso.

Para Brito, advogado da empresa, no entanto, “o grande lesionador da Mesbla” é o Bradesco. Brito conta que o banco e a Mesbla eram parceiros na sua recuperação. O Bradesco emitia debêntures para a empresa, o que dava um fôlego para que ela fosse se recuperando. O advogado conta que o banco não fez corretamente essa emissão de debêntures e, com isso, prejudicou a empresa.

Brito conta que o banco agiu de maneira ilícita. Segundo ele, por conta disso, a Comissão de Valores Mobiliários aplicou multa de R$ 8 milhões ao Bradesco. A assessoria de imprensa do Bradesco foi procurada na noite desta sexta-feira (29/6), mas ninguém foi encontrado.

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