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Irmão de Lula é mais lembrado que Operação Navalha

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13 de junho de 2007, 18h36

A imagem que se fixou com mais força no noticiário dos últimos dias é a do irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva (Vavá), investigado pela Polícia Federal. A notícia é mais lembrada que a própria Operação Navalha, na qual ele está envolvido. A tese é indicada em uma pesquisa da MCI Estratégia, instituto do sociólogo Antônio Lavareda. A pesquisa foi divulgada pela newsletter Ex-Blog do Cesar Maia, do prefeito do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (13/6).

Entre os dias 11 e 12 de junho, o instituto perguntou para 600 pessoas no Rio e em São Paulo a visão sobre o que a imprensa publicou recentemente sobre governo Lula. O sociólogo faz trabalhos de consultoria política para os Democratas, partido do oposicionista Maia.

Segundo o levantamento, 53% dos entrevistados lembraram espontaneamente que Vavá é investigado pela PF, enquanto 8% recordavam-se da Operação Navalha, de muitos políticos acusados e de corrupção no noticiário recente. Perguntados se tinham tomado conhecimento de que Vavá é investigado, 92% dos entrevistados disseram sim e 7% não.

Acerca das notícias sobre governo Lula, 15% opinam que elas são mais favoráveis, 51% que são mais desfavoráveis e 29% pensam que nem uma nem outra.

Já a opinião espontânea sobre a razão pela qual o irmão do presidente Lula está sendo investigado, 45% das pessoas afirmam que é por envolvimento com quadrilhas de máquinas caça-níqueis, 18% por envolvimento com esquemas de corrupção, 31% não sabem ou não responderam e 5% apontam outros fatores.

Para 49% dos entrevistados, o fato de Vavá e de um compadre de Lula, Dario Morelli, estarem sendo investigados contribuiu para piorar a opinião sobre o presidente. Somente 6% pensam que o fato contribuiu para a sua visão enquanto para 41% não alterou em nada.

Segundo 83% dos pesquisados, a PF tem isenção enquanto para 9% a resposta foi negativa. Este resultado se contradiz de certa forma com outro número. Para 59% das pessoas, uma CPI deve ser criada no Congresso porque a PF é controlada pelo presidente Lula. Já 30% acham desnecessário. Ao mesmo tempo, 76% aprovam uma CPI e 17% não.

Dos questionados, 37% discordam da opinião de que não existe qualquer motivo para suspeitar de irregularidades no governo Lula pelo fato do irmão e compadre não ocuparem um cargo público no governo federal. Já 37% concordam com a tese.

Para 39% das pessoas, a PF tem isenção para investigar. Segundo 26% teria uma CPI, 13% o Ministério Público, 6% os partidos de oposição e 5% a OAB.

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