Preso indesejado

Justiça Federal decide mandar Beira-Mar para Campo Grande

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18 de julho de 2007, 21h38

A quarta-feira (18/7) do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi de indefinições sobre a sua estadia na cadeia. Mas, uma decisão do colegiado de juízes federais, que trata de questões relacionadas à Penitenciária Federal de Catanduvas, a cerca de 450 quilômetros de Curitiba, fechou a questão: Beira-Mar deve ser transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). A informação é da Agência Estado.

Por resolução do Conselho da Justiça Federal, a permanência do detento nos presídios federais não pode ultrapassar um ano, embora esse período possa ser renovado pelo juiz responsável pela execução penal.

Nesta quinta-feira completa-se um ano da chegada de Beira-Mar, o primeiro preso a ocupar uma das 208 celas de Catanduvas. Segundo a assessoria da Justiça Federal, não há necessidade de a transferência ocorrer imediatamente. A logística e a data da transferência ficam a cargo do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que ainda não recebeu o comunicado da Justiça. O custo da operação é de R$ 50 mil em média.

Beira-Mar é o preso mais indesejado do Brasil. Depois de perambular por diferentes presídios estaduais, que o manteve longe de seu centro de operações que é o Rio de Janeiro, o traficante foi levado para o presídio federal de Catanduvas. Se a Justiça Federal não tivesse tomado a decisão nesta quarta, Beira-Mar teria voltado para o Rio.

Durante a tarde de terça, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com pedido para que Beira-Mar continue de Catanduvas por mais um ano. No entanto, ele foi encaminhado a outro foro. Quem recebeu foi a juíza Yeda Christina San, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro.

Para o governador Sérgio Cabral (PMDB), é importante que o traficante continue longe do Rio, principalmente neste momento em que o estado é sede de um evento internacional como os Jogos Pan-Americanos. O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame cogita até mesmo a transferência de Beira-Mar para o outro presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Vale tudo, para que Beira-Mar não volte ao Rio.

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