Águas profundas

Petrobras afasta servidores acusados de fraudes em contratação

Autor

10 de julho de 2007, 17h44

A Petrobras divulgou nota, nesta terça-feira (10/7), para informar que afastou de suas funções empregados acusados de fraudes em processos de contratação de serviços, descobertos na Operação Águas Profundas. A empresa apoiou a Polícia Federal na operação durante a fase de investigações, afirma a nota, segundo a qual “a pedido da Procuradoria da República do Estado do Rio de Janeiro, a Petrobras não tomou nenhuma atitude anteriormente para não prejudicar as investigações”.

Entre os funcionários, o principal articulador, denunciado pelo Ministério Público Federal, era Carlos Alberto Pereira Feitosa. O grupo é acusado de fazer licitações viciadas. A reportagem é do jornalista Marcelo Auler, do portal Estadão.

De acordo com a Polícia Federal, Feitosa mandava cartas-convite para empresas com endereços trocados para que não chegassem. Dessa forma, as empresas ligadas a ele venciam. Assim como Feitosa, Ana Celeste Alves Bessa, servidora da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente, também foi denunciada e teve mandado de prisão expedido pela Justiça. Ela já tinha sido afastada da seção de Concessões de Licença Ambiental na operação “Poeira no Asfalto” e, ainda assim, continuou conseguindo licenças para as empresas que participavam de concorrências na Petrobras.

A empresa principal do esquema é Angra Porto, cujos sócios são Fernando da Cunha Stérea, Mauro Zamprogno, Wladimir Pereira Gomes e Simon Matthew Clayton — todos também denunciados e com mandados de prisão expedidos. A Angra Porto não participava das concorrências, mas servia como intermediária para providenciar resultados favoráveis nas licitações e depois recebia das vencedoras a título de consultoria. Só o lucro do Stérea mensal era de R$ 150 mil, segundo a PF. No total, 26 pessoas são acusadas e 18 mandados de busca e apreensão foram expedidos.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!