Acidente aéreo

Pilotos do Legacy não desligaram transponder, reafirma ExcelAire

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22 de janeiro de 2007, 17h41

Únicos indiciados pelo acidente do Boeing da Gol, que matou 154 pessoas em setembro, os pilotos do Legacy, que se chocou com o Boeing, foram defendidos em nota divulgada à imprensa. A ExcelAire, dona do Legacy, reafirmou que os americanos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore não desligaram o transponder durante o vôo, aparelho anticolisão.

Diálogos divulgados pela imprensa no fim de semana indicam que os pilotos perceberam que o transponder estava desligado. “E que não havia nenhuma indicação na cabine, ao longo do vôo, que apontasse o não funcionamento desses equipamentos.”

O acidente aconteceu em 29 de setembro e resultou na morte dos 154 ocupantes do vôo 1907 da Gol. Os sete passageiros do Legacy sobreviveram. Os pilotos responderão em liberdade. Em dezembro, os dois pilotos, que ficaram retidos no Brasil desde o dia do acidente por decisão judicial, tiveram de volta os passaportes e regressaram aos Estados Unidos.

A Justiça Federal decidiu prorrogar as investigações sobre o acidente. O juiz federal substituto Murilo Mendes, em exercício na 3ª Vara Federal de Mato Grosso, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal para prorrogar as investigações.

Nos Estados Unidos, a Justiça Federal de Nova York determinou que os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino figurem como réus na ação de indenização movida por familiares de vítimas do acidente.

Veja o comunicado

Comunicado à Imprensa / ExcelAire

21/01/2007

Sobre as recentes declarações publicadas pela imprensa, referentes às investigações e ao inquérito do acidente entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, a ExcelAire esclarece:

Diante da divulgação do que se alega serem trechos isolados dos diálogos registrados na caixa preta do jato Legacy, a ExcelAire e seus pilotos Joseph Lepore e Jan Paladino manifestam que continuarão a agir com discrição sobre o assunto, em respeito às investigações em andamento.

Como já ocorreu no passado, as recentes reportagens e notícias sobre o caso baseiam-se em informações incompletas, especulações e interpretações equivocadas sobre complexas questões técnicas, o que gera considerações prematuras e incorretas sobre os fatos.

Mais uma vez, a ExcelAire enfatiza que conclusões precoces baseadas na interpretação de materiais e dados que vêm sendo analisados no processo investigativo não contribuem para seu adequado andamento.

A empresa afirma, novamente, que seus pilotos não desligaram o Transponder ou o sistema TCAS, de anticolisão, seja intencional ou inadvertidamente. E que não havia nenhuma indicação na cabine, ao longo do vôo, que apontasse o não funcionamento desses equipamentos.

Os responsáveis pelas investigações do acidente continuam analisando o transponder do jato Legacy e outros sistemas aviônicos da aeronave. E somente após o término dessas perícias é que será possível determinar se houve falhas ou defeitos que pudessem comprometer seu funcionamento.

Por fim, a ExcelAire reitera que a conclusão das investigações responderá às várias questões ainda não resolvidas, esclarecendo e corrigindo assim os equívocos decorrentes das interpretações precoces recentemente publicadas.

ExcelAire

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