Tributo não pago

Law Kin Chong também vai responder por descaminho

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19 de dezembro de 2007, 20h03

O empresário Law Kin Chong vai responder também pelo crime de descaminho. A 4ª Vara Federal de São Paulo aceitou, nesta quarta-feira (19/12), denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. A Justiça também manteve a prisão domiciliar de Chong.

No último dia 14 de novembro, Law foi flagrado em uma blitz da prefeitura de São Paulo, Polícia Civil e Polícia Federal. Na ocasião, foram apreendidos produtos importados ilegalmente e expostos à venda no Shopping Pari, de sua propriedade.

Chong já é réu em processo que tramita na 2ª Vara Federal de São Paulo pelo crime de lavagem de dinheiro oriundo de descaminho e cumpre prisão domiciliar em virtude de uma condenação pelo crime de corrupção ativa. Ele e um advogado foram condenados por tentar subornar o ex-deputado federal Luiz Antonio Medeiros (PL-SP).

Segundo a denúncia aceita nesta quarta, foram apreendidos produtos ilegais em oito boxes do shopping e numa sala do quarto andar do prédio. Entre os produtos apreendidos, estavam 1.834 relógios de pulso das marcas Puma, Adidas, Casio e Chanel; microfones sem fio; bolsas femininas; 1.990 memory cards do videogame PlayStation 2; bonés; centenas de controles remotos e fones de ouvido; mouses e calculadoras.

De acordo com o MPF, Chong e seus filhos tentaram montar uma fracassada operação para esconder a verdadeira propriedade do shopping. No papel, o estabelecimento pertence à empresa TR 25, de Thomas e Henrique Law, filhos do empresário. O imóvel foi adquirido com R$ 4 milhões emprestados para a TR 25. O empréstimo foi feito pela Calinda, empresa de Law Kin Chong, diz o MPF.

Ainda segundo o Ministério Público, a TR 25 foi constituída em agosto de 2002 com capital de R$ 20 mil. Em novembro do mesmo ano, a empresa registrava capital de R$ 4 milhões e 20 mil.

Além da denúncia, o MPF pediu que a Polícia Federal instaure um novo inquérito para aprofundar as investigações das acusações de lavagem de dinheiro.

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