Assassinos em série

Polícia Civil do Pará recebe prêmio do FBI por investigação

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8 de dezembro de 2007, 23h01

O método de investigação policial empregado pela Polícia Civil do Pará, no caso dos meninos da Ceasa (o assassinato em série de três garotos, em Belém), recebeu prêmio internacional do Departamento Federal de Investigação Norte-Americano (FBI). O acusado, porém, está foragido.

A medalha foi recebida pelo investigador Anderson Almeida, durante o Encontro Internacional da Análise da Cena do Crime ao Perfil do Criminoso, em Curitiba (PR). O evento foi promovido pela Academia Superior de Polícia do Paraná e FBI. O trabalho de investigação desenvolvido no Pará concorreu com outros trabalhos apresentados por policiais de todo país e foi o único premiado. “Trata-se de um prêmio inédito para o Pará”, disse Almeida.

Os agentes do FBI consideraram a metodologia de investigação aplicada pela Polícia Civil paraense como dentro dos padrões internacionais adotados pelas polícias no mundo para apurar crimes cometidos por assassinos em série. A investigação foi reconhecida como destaque entre todos os trabalhos realizados no país.

Entre as investigações mostradas em Curitiba estão casos de assassinatos em série conhecidos nacionalmente como o do Maníaco do Parque, de São Paulo, e o dos Meninos Emasculados de Altamira e de São Luiz do Maranhão.

O crime

No caso Ceasa os policiais investigaram o responsável pelas mortes dos meninos José Raimundo Oliveira, Adriano Martins e Ruan Sacramento, todos de 14 anos de idade e ocorridas entre os meses de dezembro de 2006 e março de 2007. Os corpos foram encontrados em uma mata situada às margens da estrada da Ceasa, bairro do Marco, em Belém.

Os meninos moravam no mesmo bairro, estudavam na mesma escola, freqüentavam a mesma lan house, tinham as mesmas características físicas, pais separados, não tinham vícios nem amizades com criminosos. Eles foram encontrados nus e seminus. Dois deles (Adriano e Ruan) foram mortos por asfixia. Raimundo não teve a causa da morte definida, pois seu corpo foi encontrado em estado de decomposição. Peritos do Instituto Médico Legal encontraram líquido espermático em Ruan.

Os policiais fizeram uma varredura nas matas da Ceasa, junto com Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar e Centro de Perícias Científicas. Na ocasião, uma arcada dentária foi encontrada. As perícias mostraram que se tratava de José Raimundo. O corpo dele foi exumado e submetido à perícia.

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