Independência para julgar

Marco Aurélio diz que não há grupos dentro do Supremo

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24 de agosto de 2007, 14h37

Depois de ser criticado em troca de mensagens dos colegas do Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio disse que está triste. “Eu sou humano, sensível e o meu sentimento é de profunda tristeza. Mas sou um homem que vira a página com muita facilidade. Eu atribuo o fato muito mais a um ato falho da ministra Cármen Lúcia”, disse. O ministro também afirmou que não há grupos no STF que combinam votos.

Na quinta-feira (23/8), o jornal O Globo publicou trechos de diálogos que os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia travavam pelo sistema intranet no julgamento do mensalão. “Não sei, Lewandowski, temos ainda três anos de “domínio possível do grupo”, estamos com problema na turma por causa do novo chefe”, disse a ministra na troca de mensagens referindo-se ao ministro Marco Aurélio, presidente da 1ª Turma do Supremo.

Sobre a troca de e-mails, onde os ministros aparecem compartilhando impressões sobre o julgamento, Marco Aurélio ponderou que o episódio desgasta a instituição junto aos cidadãos e jurisdicionados, mas que já está superado. O ministro saiu em defesa da postura geral da Corte.

“É preciso que a sociedade compreenda que não há grupos no Supremo. É preciso que a sociedade compreenda que cada qual vota, de acordo com a formação técnica e humanística possuída, de acordo com a própria consciência e com a compreensão da matéria que logrou implementar”, afirmou.

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