Hotel do caos

Prefeitura volta a lacrar hotel anexo à boate Bahamas

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21 de agosto de 2007, 15h39

O hotel do empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, foi lacrado novamente pela prefeitura na manhã desta terça-feira (21/8). O Oscar’s Hotel fica próximo ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. O funcionamento tinha sido liberado por uma decisão judicial no dia 7 de agosto.

O prédio foi interditado pela primeira vez pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), no dia 26 de julho. O advogado de Maroni, Vladmir Silveira, disse não ter sido informado dos motivos da nova interdição. “Mais uma vez, a prefeitura não alegou nada (para lacrar). Supostamente houve uma determinação judicial, que não nos foi entregue”, afirmou ao portal de notícias G1.

Maroni teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Edison Aparecido Brandão, da 5ª Vara Criminal, que aceitou denúncia contra o empresário pelos crimes de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas. O pedido de Habeas Corpus já foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele tenta agora obter a liberdade no Superior Tribunal de Justiça.

O empresário foi preso por agentes do serviço de inteligência do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) no início da madrugada de 14 de agosto. Ele foi encontrado em um flat na Vila Olímpia, na região de Moema, Zona Sul.

Altura do hotel

A vida de Maroni começou a ficar complicada depois da tragédia com o avião da TAM, na região do Aeroporto de Congonhas, dia 17 de julho. O Oscar’s Hotel, que ele construiu, está muito próximo da rota dos aviões. A prefeitura viu irregularidades na obra e mandou fechar o estabelecimento.

Maroni chegou a provocar o prefeito pessoalmente e a protestar contra o fechamento. Em uma de suas entrevistas, segundo a subprefeitura da Vila Mariana, ele teria admitido a prática de prostituição em seu estabelecimento. Na semana seguinte, a prefeitura cassou a licença da boate de Maroni e colocou blocos de concreto na porta. “Eu sou um morto-vivo da TAM. Estão tentando matar a minha dignidade”, afirmou ele, na ocasião.

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