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Justiça paulista aceita denúncia contra dono da Petroforte

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13 de agosto de 2007, 19h18

A 18ª Vara Cível de São Paulo aceitou, nesta segunda-feira (13/8), denúncia contra o empresário Ari Natalino da Silva, dono da distribuidora de combustíveis Petroforte e mais 66 pessoas. Eles são acusados de desviarem R$ 600 milhões. Pelo menos R$ 30 milhões teriam sido mandados para paraísos fiscais.

A denúncia foi apresentada, na sexta-feira (10/9), pelo promotor Arthur Migliari Júnior, do Ministério Público. Ele pediu a prisão preventiva dos acusados e o bloqueio dos passaportes. Entre os crimes estão: falência fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, falsificação de documentos e receptação.

Segundo o MP, o dono da rede, Ari Natalino da Silva, e mais 66 pessoas, entre elas a mulher de Silva, Débora Aparecida Gonçalves, e o advogado Heleno Duarte Lopes fazem parte de uma quadrilha. O advogado teria usado como “laranja” o nome de um irmão que morreu com apenas quatro anos de idade.

A empresa, que teve falência decretada em 2005, era usada para levantar financiamentos em bancos. Apenas os empréstimos bancários somariam R$ 45 milhões. Silva e os demais denunciados são acusados de pegar o dinheiro e dar calote tanto nos bancos quanto nos fornecedores.

O juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira determinou que o processo seja fragmentado para facilitar o trâmite.

Ari Natalino da Silva chegou a ser preso por cinco horas em 2001. Foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal por sonegação. Ele já era investigado em outros processos por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal. Em 2003, Silva foi condenado por sonegação de R$ 35 milhões, mas conseguiu anular a sentença no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Leia a denúncia

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