Década dourada

Revista Consultor Jurídico completa seus primeiros dez anos

Autor

10 de agosto de 2007, 19h27

Ao completar dez anos, a revista Consultor Jurídico tem muito o que comemorar: os quase 60 mil textos em seu banco de dados — acessados por um milhão de leitores por mês — é apenas um dos motivos. Neste agosto, a ConJur inaugura também sua nova sede e marca o lançamento do mais completo levantamento feito sobre os órgãos de cúpula do Judiciário no país — o Anuário da Justiça 2007, produzido com o apoio da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

A audiência consolidada, o crescimento da equipe e a iniciativa de caminhar do mundo digital para o físico com o Anuário é a recompensa por uma década de insistência em relatar matérias complexas de maneira simples, sem baixar o nível do debate.

Não é tarefa fácil nem livre de conflitos. Torna-se ainda mais complicada no país das leis fora da Lei, onde de cada quatro atos legais questionados no Supremo Tribunal Federal, três são considerados inconstitucionais. Os dados, que constam do Anuário da Justiça, mostram também que sete de cada dez normas adotadas pelos tribunais federais, julgadas em 2006, feriam a Constituição. Nas quadras passadas, como já demonstrou o site, não foi diferente.

Em suas 300 páginas, o Anuário faz um alentado levantamento do que aconteceu e do que se decidiu no Supremo Tribunal Federal e nos tribunais superiores de Justiça, do Trabalho, Eleitoral e Militar em 2006. Além dos perfis de todos os ministros que compõem a cúpula do Judiciário, o trabalho faz um levantamento das 300 decisões judiciais mais importantes e inovadoras do ano.

Com lançamento oficial previsto para o dia 29, na sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, o Anuário tem distribuição dirigida, mas pode ser adquirido em bancas de jornais ou pela internet nos sites Consultor Jurídico , Causa Sonora ou Editora Outras Palavras .

Notícia de ponta

Desde que publicou seu primeiro texto, em meados de 1997, quando a internet era ainda um mistério a ser desvendado, a ConJur se propõe a discutir a Justiça, ciente de que esta é uma boa forma para contribuir para seu aperfeiçoamento. Com esta disposição, o site esteve à frente da cobertura dos temas que mais afetam o cotidiano da comunidade jurídica na última década. Procurou o saudável equilíbrio entre o noticiário rápido que caracteriza a Internet e a análise aprofundada que merecem muitas das questões judiciais. Além de notícias em primeira mão, deu também outras com exclusividade.

O site divulgou, por exemplo, o detalhamento técnico de todas as barulhentas “operações da PF” (na vida real, operações planejadas com o Ministério Público e ordenadas pela magistratura). Foi assim com a íntegra da investigação batizada de Operação Anaconda, uma das primeiras das cada vez mais freqüentes ações que chegaram ao Judiciário. Revelou que o badalado procurador da República Luiz Francisco de Souza deu curso a interesses particulares ao assinar ações preparadas por terceiros interessados nas causas.

Noticiou as primeiras invasões de escritórios de advocacia e anteviu os ataques às prerrogativas dos advogados que se seguiriam. Discutiu as férias no Judiciário, cobriu a reforma que, para muitos, pouco coisa reformou, e enfrentou temas caros aos próprios jornalistas ao escrever sobre o aumento do volume e do valor das ações de indenização por danos morais contra a imprensa.

A ConJur também ganhou dois prêmios de jornalismo conferidos pela Associação dos Magistrados Brasileiros, a AMB, e contou histórias de vida de quem faz a Justiça. Trouxe recentemente o perfil do advogado Ives Gandra da Silva Martins, apontado por dez entre dez operadores do Direito como exemplo de profissional de sucesso. Revelou a história de seu Israel, feirante aposentado, 67 anos, semi-alfabetizado, que há dois anos ocupa uma cadeira no 1º Tribunal de Júri de São Paulo, três vezes por semana. E ensina: “Não é o personagem que faz um júri ser bom, mas sim a tese discutida”. Há dez anos, a ConJur tenta seguir esta sábia norma.

O que aconteceu de importante na área jurídica nos últimos dez anos pode ser lido na revista Consultor Jurídico. Nos próximos meses a revista publicará séries de reportagens em comemoração à sua década de vida, onde mostrará como funciona a redação, lembrará os principais textos e discutirá o que deve ser a Justiça dos próximos dez anos.

Casa nova

Para comemorar seu aniversário a ConJur abre suas portas para amigos, leitores e colaboradores convidados para o coquetel de inauguração da nova sede. A festa será na próxima terça-feira, 14 de agosto, a partir das 18 horas. A nova redação da ConJur fica na Rua Wisard, 23, Vila Madalena, São Paulo.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!