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PF vai cruzar informações das operações Hurricane e Têmis

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21 de abril de 2007, 14h30

A Polícia Federal vai cruzar as informações obtidas na Operação Hurricane e na Têmis, deflagrada na sexta-feira (20/4). O foco das duas ações é muito parecido: esquemas de venda de sentença para beneficiar donos de bingos e bicheiros. A informação é da Agência Estado.

O cruzamento dos dados pretende verificar se há relação entre os esquemas de São Paulo e do Rio de Janeiro, com ramificações em outros estados. Segundo a agência, desde a Operação Anaconda a PF tem tecnologia para investigar esse tipo de crime. Há um banco de dados sobre o assunto. A Anaconda também investigou um esquema de negociação entre juízes, advogados e criminosos condenados.

A Operação Têmis não deve se expandir para outros estados. A superintendência da PF afirmou que ela é independente da investigação da Hurricane. “Não se trata de uma segunda etapa da Operação Furacão”.

Na Hurricane, 25 pessoas foram presas, incluindo desembargadores e juízes. Entre os presos estão os bicheiros Aniz Abraão Davi, o Anísio, presidente de honra da escola de samba carioca Beija-Flor, e Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, além de Virgílio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, que pediu licença médica.

Além disso, foram apreendidos 151 carros de luxo, anéis, pulseiras e correntes de ouro, dezenas de relógios de marcas luxuosas, cheques e dinheiro em espécie – e até um veleiro de 41 pés batizado com o nome “Bandida”.

NaTêmis, ninguém foi preso. A PF foi até escritórios de advocacia, gabinete de juízes e desembargadores e também na casa dos suspeitos para colher provas.

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